A 7 de maio de 2004, a revista Sábado chegava às bancas, com José Mourinho na capa. Dulce Garcia, atual subdiretora da revista, explica que “estava de licença de maternidade”, na altura. “Depois, quando a terminei, fui convidada para vir para a redação da Sábado”, diz, sendo que era editora das revistas do Correio da Manhã antes de aceitar o convite.

Quanto às razões por detrás da mudança para a Sábado, Dulce Garcia explica que quis trabalhar na sábado por preferir “trabalhar em revistas”, em vez de jornais, além de ter achado o conceito da revista “muito interessante”.

A Sábado, afirma a subdiretora, é “uma revista muito mais prática do que teórica”, além de apresentar “uma linguagem muito acessível” e ser “a única revista”, acredita, “que inclui uma rubrica de família”.

Quanto ao futuro, a Sábado vai “manter a perspetiva irreverente”, embora a revista não seja a mesma que em 2004, “até porque o país mudou”, o que fez com que a revista tenha, agora, “temas um pouco mais densos” do que dantes, “porque as pessoas precisam de outro tipo de informação”, explica Dulce Garcia.

Jornal i, o jornal “criativo”

Ana Kotowicz, editora executiva, fez parte da equipa que fundou o jornal i, em 2009, e diz que na redação do jornal “há, de facto, uma ligação entre as pessoas que é muito forte, uma camaradagem muito grande”, com “muitas pessoas boas por metro quadrado”.

Para a editora executiva do i, o jornal destaca-se por “tentar mostrar as coisas de uma forma mais criativa do que os outros jornais, uma coisa que se nota muito no grafismo”. Grafismo esse que já levou a vários prémios internacionais de design, como o prémio de Melhor Design do Mundo, em 2011, atribuído pela Society for News Design (SND), e o prémio de Melhor Design da Península Ibérica em 2013, no âmbito dos Prémios ÑH.

“Ao longo destes cinco anos e das várias direções que tivemos, houve muita coisa no i que mudou, mas eu acho que o ADN do jornal não se alterou”, explica Ana Kotowicz, que acrescenta que o principal desafio do jornal i para os próximos tempos será a transição para a Internet, um desafio partilhado com “os jornais de todo o lado”.