Na comemoração do centenário da Primeira Guerra Mundial, a Universidade do Porto (UP) e a Associação Replicantes reúnem-se para assinalar a data, organizando um programa de comemorações, entre 17 de maio e 13 de junho.

E porque as guerras “não se comemoram”, ir-se-á “rememorar” o início da Primeira Grande Guerra. Nas palavras de António Reis, da Associação Replicantes, que falou esta quinta-feira à comunicação social, juntamente com Manuel António Janeira, pró-reitor da Cultura, Desporto e Lazer da UP, o que se irá relembrar “é uma história do Porto pouco reconhecível”, já que “as pessoas passam desatentamente” pelos monumentos, estátuas e lápides da cidade.

Roteiros, filmes, concertos e colóquios

O programa do “Rememorar 1914”, apresentado esta quinta-feira, irá trazer, a 17 de maio, um ciclo de cinema ao ar livre, ao que tudo indica, num dos átrios do edifício da Reitoria da UP.

“Olhares do Cinema sobre a Grande Guerra” irá exibir curtas-metragens do arquivo da Cinemateca (dois deles de exibição rara, por não estarem disponíveis em suporte digital), com imagens registadas no período do conflito. Na segunda parte será exibido o filme alemão de 1922 “Nosferatu“, realizado por Friedrich Wilhelm Murnau.

No último dia deste mês, o jornalista e historiador Germano Silva irá fazer uma visita guiada pela cidade para revisitar os locais emblemáticos relacionados com as memórias da guerra. O percurso irá passar pelo Museu Militar, pela Praça Carlos Alberto, pela Junta de Freguesia do Bonfim, Liga dos Combatentes, entre outros.

A 5 de junho, um colóquio sobre Direito, Política, Arte e História do período entre 1914 e 1918 irá ter lugar no Salão Nobre da Reitoria da UP. Manuel Loff irá discutir a história contemporânea do período do conflito, Leonor Soares irá falar sobre o contraponto artístico entre as tendências estéticas europeias e as portuguesas, Catarina Freitas Sousa irá mostrar a arte pública portuense dedicada aos combatentes e António Reis irá mostrar o cinema fantástico como metáfora e o cinema português como evasão.

O último evento das comemorações, a 13 de junho, será um concerto de jazz da época, que tomará lugar na emblemática Praça dos Leões, em frente à Reitoria da UP. O concerto vai contar com a presença do pianista Filipe Melo, acompanhado por contrabaixo e bateria.