A Organização Mundial de Saúde levou a cabo o maior estudo de poluição de sempre, em 91 países e 1600 cidades, provando que só 12% dos centros urbanos respiram ar limpo e que cada habitante destas cidades está exposto a níveis de poluição duas vezes e meia superiores aos recomendados pela instituição.

“Garbage Species”

A poluição foi o tema central da campanha publicitária da Y&R Portugal para a Billabong, premiada “Best Print of the Week” pelo site inglês Best Ads on TV. O anúncio pretende alertar para questões ambientais e de poluição. Alessandro Puccinelli fotografou garrafas e embalagens, cuja degradação pode levar até 450 anos.

Foi analisada a quantidade de PM 10 (partículas pó, fumo de fábricas e estradas, póllens e bolor) e PM 2,5 (partículas compostos orgânicos tóxicos e metais pesados), dois dos poluentes mais preocupantes para a saúde pública, a par do ozono.

Em Portugal, as cidades mais poluídas com PM 10, mais ricas neste tipo de partículas são 15, por exemplo, o Porto, Valongo, Paredes, Matosinhos, Funchal, Almada, Lisboa e Seixal, sendo, esta última, a cidade mais poluída do país. Os níveis recomendados pela OMS são apenas respeitados em Braga e Vila Franca de Xira.

Poluição urbana pode provocar doenças respiratórias e coronárias

Quanto às partículas PM 2,5, são 10 as cidades portuguesas que ultrapassam os níveis aceitáveis com o Seixal no topo da tabela e o Porto fora de risco. A dependência dos combustíveis fósseis e das plantas que produzem energia com carvão, os transportes privados e a pouca eficiência energética dos prédios (isolamento e climatização), são os principais fatores de risco, mas são os automóveis a diesel os mais poluidores.

Os países asiáticos lideram a tabela mundial da poluição atmosférica: das 20 cidades com pior ar, 13 pertencem à Índia. Na Europa, são a Polónia e a República Checa que registam valores mais elevados. A OMS constatou que a qualidade do ar cai nas economias emergentes.

O aumento da poluição nos centros urbanos de maior densidade demográfica fez disparar as doenças respiratórias e coronárias, bem como outros problemas de saúde relacionados com a poluição atmosférica.