O Observador está prestes a nascer na Internet. O jornal, cujo diretor editorial é David Dinis (ex-editor de política do semanário Sol), conta com uma equipa de cerca de 40 profissionais e já tem site, onde anuncia a pretensão de “fazer jornalismo deste tempo, com independência e exigência”.

É um jornal 100% português, inovador, segundo David Dinis, não só por ser um projeto novo, isto é, uma “marca nova de jornalismo em Portugal”, mas pelo conceito em si. “Não existe nenhum projeto em Portugal, neste momento, que tenha uma redação inteira dedicada única e exclusivamente ao digital. Todas as outras estão a dividir os seus meios. Nós vamos pôr todo o nosso esforço no online”, diz o diretor, acrescentando que o jornal irá apostar em conteúdos diversificados, “diferentes, mais sólidos, mais interessantes”, como vídeos e infografias.

“Adaptar os conteúdos àquilo que as pessoas estão à procura”

Para Dinis, que já passou por vários órgãos de comunicação, tem havido uma certa negligência, por parte dos meios de comunicação, na forma como olham (ou não olham) para o público. Como tal, o Observador procurará fazer dos leitores a sua prioridade. Nas palavras do diretor, “esse é hoje o maior desafio dos jornalistas”: aproveitar o potencial da Internet e o seu caráter instantâneo para “responder aos anseios que as pessoas têm” e, assim, “adaptar os conteúdos àquilo que as pessoas estão à procura”.

Outra das fortes posições tomadas pelo novo jornal é defender “sem ambiguidades a democracia representativa, a economia de mercado e uma sociedade aberta e global”, pelo que assume vir a “estimular debates públicos” e não hesitar tomar posição, se a conjuntura assim o exigir.

O Observador já conta com 4.800 assinantes da sua newsletter e é promovido por um grupo de investidores, entre os quais António Carrapatoso, Alexandre Relvas, João Talone, Filipe de Botton, Luís Amaral e Carlos Moreira da Silva.