Portugal subiu três lugares no ranking mundial da competitividade, segundo o relatório do IMD World Competitiviness Center – Centro de Competitividade Mundial, sediado na Suíça.
Assim, Portugal passa a ocupar a 43.ª posição, à frente de países de crescimento rápido, como a Índia (44.ª) ou Brasil (54.ª), e de nações que partilham a mesma situação de crise europeia, como a Grécia (57.ª) ou Itália (46.ª).
A Itália teve, de resto, uma troca curiosa com Portugal na lista da IMD, já que, no ano passado, ocupava o 42.º lugar, à frente dos portugueses. Apesar de ambos os países terem sido afetados pela crise da dívida soberana e consequente austeridade económica, foram os italianos a ressentirem-se mais ao nível da competitividade.
Top 10 Competitividade Mundial
1.º – Estados Unidos
2.º – Suíça
3.º – Singapura
4.º – Hong Kong
5.º – Suécia
6.º – Alemanha
7.º – Canadá
8.º – Emirados Árabes Unidos
9.º – Dinamarca
10.º – Noruega
Segundo o Jornal de Negócios, Portugal deve esta melhoria ao equilíbrio externo, aos primeiros sinais de recuperação na economia e aos preços baixos no país, que contribuíram para a “primeira recuperação desde 2009”.
Cinco desafios de Portugal
Para os especialistas do Centro de Competitividade Mundial, Portugal tem agora cinco grandes desafios a ultrapassar para se tornar verdadeiramente num país de topo a nível da competitividade.
Reduzir a burocracia que trava o investimento, atrair investimento direto estrangeiro, manter a tendência de redução do défice público, garantir estabilidade fiscal às empresas e implementar a reforma do sistema de justiça são os pontos a melhorar.
Estados Unidos lideram competitividade
Os Estados Unidos lideram o ranking mundial elaborado pela IMD, devido à “resistência da economia americana, recuperação do emprego e pela posição dominante na área da tecnologia e infraestruturas”.
A segunda posição da lista vai para a Suíça, seguida por Singapura e Hong Kong, três economias que devem os bons resultados financeiros às “exportações, à eficiência das suas empresas e à inovação”.
A recuperação parcial da Europa
Arturo Bris, diretor do IMD World Competitiveness Center, mostrou-se satisfeito com os bons resultados de países europeus. “A história de competitividade em 2014 é uma de sucesso contínuo nos EUA, de recuperação parcial na Europa e de esforços por muitos mercados emergentes”, disse numa nota à imprensa.
Sobre possíveis rivalidades entre países ou regiões, Arturo Bris disse que “é fundamental parar de pensar em termos de continentes, da Ásia contra a América Latina ou Europa. Em cada região, as diferenças entre os países aprofundaram-se nos últimos anos, com êxitos e fracassos simultâneos em cada um”.
“Não existe uma receita única para um país subir na escala nos rankings de competitividade, depende muito do contexto local”, conclui.