O ponto de encontro foi às 9h30 da manhã, na Universidade Lusófona do Porto, onde estudam os estudantes que deram vida à Ruaria. Pouco a pouco, foram chegando os curiosos. Por causa da adesão inesperada, os visitantes tiveram de se separar em três grupos. A Ruaria “superou os números esperados”, com a participação de mais de 50 pessoas, explicou Tânia Silva, guia e umas das alunas fundadoras do projeto.

Os visitantes? Pessoas de todas as idades. Os alunos da Escola de Comércio do Porto decidiram participar no Ruaria, mas a visita contou com miúdos e graúdos, atentos às explicações tidas em cada ponto do percurso. Em cada local de paragem, os participantes ficaram a conhecer um pouco mais do monumento ou rua em questão, através da leve explicação dos alunos de Marketing, que recordavam o lado mais conhecido, bem como pelos alunos de Jornalismo que aprofundavam os conteúdos históricos, culturais e sociais.

A primeira referência foi à Muralha Fernandina, situada em frente à Universidade Lusófona do Porto. As escadas e o funicular dos Guindais foram também referidos por um aluno de Erasmus, que apelou para a população esquecida da zona, pela falta de condições e pela degradação dos Guindais.

Uma visita dinâmica, informal e descontraída

Após a paragem obrigatória na Sé do Porto foram também relembradas as estações de metro e comboio de S. Bento, que embora conhecidas, captam sempre a atenção dos que as visitam. O que se segue? A renovada Rua das Flores, onde à semelhança do ano passado, as senhoras foram brindadas com uma flor. A paragem na casa de relíquias Chaminé na Mota despertou a admiração dos visitantes, bem como o breve espetáculo do Teatro de Marionetas do Porto, que trouxe vida e animação ao percurso. A Fundação da Juventude foi também mencionada, bem como os propósito em auxiliar os jovens na procura de emprego.

Passando pelo Largo de São Domingos, descendo a Rua Dr. Sousa Viterbo, a paragem foi no jardim do Infante Dom Henrique, onde a explicação contemplou o Mercado Ferreira Borges, atual Hard Club, o Palácio da Bolsa e as quatro ruas à volta. E como quem conhece o Porto, sabe que a cidade de plana não tem nada, o restante percurso foi feito a subir, por ruas e ruelas e em conversa animada, com paragem prolongada no Jardim das Virtudes. Durante esta etapa, foi mencionado o projeto de reabilitação da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto (SRU) no centro histórico, bem como os problemas de desertificação e abandono.

E finalmente, o Jardim das Virtudes. Este ponto possibilitou aos visitantes descansar e contemplar a paisagem sobre o rio Douro, bem como a declamação do poema “Este Inferno de Amar” de Almeida Garrett. Por fim, o Centro Português de Fotografia, a Casa Oriental e os Clérigos foram os últimos pontos desta visita animada, intimista e dinâmica. O projeto renovado promete continuar, com o esforço e trabalho dos jovens da Lusófona, que se encarregaram de recolher patrocínios, material e divulgar o Ruaria.