A ideia da mais recente campanha da Abraço é sensibilizar a população, nomeadamente o público mais jovem, para a segunda principal causa de morte entre os adolescentes, o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). E haverá, hoje em dia, melhor forma de chegar aos jovens, que não pelas redes sociais?

O “Toca a Todos” é muito simples: utilizando a indispensável ferramenta que é o Facebook, os participantes terão de, além de partilhar o evento no seu perfil, tirar uma fotografia que foque relações de diferentes idades, etnias ou sexos. O objetivo? Desmistificar em que é que consiste o vírus VIH/SIDA e reduzir o estigma da exclusão social.

Há cerca de 43 mil pessoas infetadas pelo vírus, em Portugal, mas ainda há quem associe esta doença apenas aos homossexuais e aos toxicodependentes. A vice-presidente da Abraço, Cristina Sousa, explica que o VIH atinge qualquer pessoa que tenha comportamentos de risco e alerta para a necessidade de “haver um trabalho social e cultural que parta, essencialmente, de casa”.

Há testes anónimos e gratuitos

Uma vez que este tema continua a ser tabu, a Abraço possibilita a que os jovens possam fazer o teste – anónimo, confidencial e gratuito -, enviando um e-mail para [email protected].

A ação da Abraço

Cristina Sousa conta ao JPN que o objetivo da associação tem-se mantido, ao longo dos 22 anos de existência, ainda que haja ainda uma enorme preocupação em reduzir o número de pessoas infetadas com o VIH, para reduzir “números alarmantes” que colocam o país no topo da infeção com o vírus, a nível europeu.

Os jovens continuam a ser uma grande preocupação da Abraço. A vice-presidente da associação é da opinião de que, apesar de os jovens terem a informação necessária em relação à prática de relações sexuais e à transmissão das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), as coisas nem sempre são aplicadas, devido, principalmente, às emoções e à cultura.

O trabalho realizado no sentido de combater este problema social tem sido intenso. Ainda assim, toda a ajuda é necessária. Cristina Sousa reforça que é necessário mudar de mentalidade e começar a educar desde o jardim-de-infância, com a explicação dos sentimentos e da afeição pelas pessoas.