Ainda que já algumas das situações tenham sido denunciadas, quer às associações de estudantes, quer à PSP, fonte oficial do Comando Metropolitano do Porto explica ao JPN que, para que o caso se resolva, é necessário uma maior colaboração dos jovens. “É necessário que haja uma maior comunicação. A queixa dos casos permite a interceção, como já aconteceu”, ressalva a PSP. “O que acontece, muitas vezes, é que os jovens, por receio ou medo, não dão conhecimento dos casos”, acrescenta.

Na passada quinta-feira, a PSP intercetou mais três jovens, menores de 16 anos, estando o caso entregue agora à Polícia Judiciária (PJ) do Porto. Uma vez que os indivíduos têm idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos, a PSP participou o ocorrido à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

Pelo que o JPN apurou, a interceção ocorreu por volta das 15h e um dos jovens de 15 anos foi identificado por uma vítima como alegado responsável pelo assalto ocorrido na mesma tarde. No assalto reportado pela vítima de 24 anos estaria ainda um maior de idade, não identificado até à data.

A polémica nas redes sociais

Esta situação tem dado que falar e, mais uma vez, as redes sociais têm sido palco para que se torne ainda mais alarmante. A PSP do Porto esclareceu que, de facto, “o problema existe, mas não com a dinamização que está a ter na comunicação social e nas redes sociais”.

Ainda assim, foi criada uma petição para a “restituição da segurança pública para os estudantes” que exige uma tomada de posição por parte do Ministério da Administração Interna, bem como do Comando Metropolitano da PSP com o pedido de “colocar os estudantes a par dos procedimentos da manutenção da segurança no meio envolvente aos Campus Universitários”. A petição critica a atitude de “falta de interesse” da Comunicação Social neste assunto e apela para que se faça “um debate alargado” sobre esta temática.

A PSP relembra que está a ser feita uma maior monotorização no local e os dispositivos estão mais visíveis e há um trabalho de colaboração com a Federação Académica do Porto (FAP) e com as associações de estudantes. Ainda assim, frisa que é importante que seja recolhida a “máxima informação, para que se possa atuar no sentido de que fique tudo resolvido”.