Marta Freitas e Rita Martins estão à frente da Shopping à la carte, que vende sandálias, e afirmaram ao JPN que o Mercadinho do Primavera é “uma ótima ideia”, embora confessem ter uma “expetativa mais alta” quanto ao número de pessoas. Contudo, realçaram o facto de o festival ainda ir no primeiro dia, além de que depois dos concertos “talvez as pessoas tenham mais vontade de contar”, explicaram.

Ana Miranda comprou umas sandálias no Shopping à la carte e explicou que o facto dos produtos serem “diferentes do que se vêm no dia-a-dia” explica a maior aderência ao Mercadinho.

Isabel Coelho, da IlustrART, realçou que o facto do festival ser “um bocadinho diferente” leva a que este tipo de iniciativas resulte numa “ótima maneira de promover os produtos”.

“Os turistas gostam, e as pessoas de cá também gostam, é sempre uma boa aposta vir e trazer as tralhas todas”, explicou Isabel Coelho, realçando o foco dos produtos da IlustrART, produtos ligados à cultura da cidade do Porto.

Catarina Castanheira também fez compras no Mercadinho do Primavera e afirmou que esta era uma oportunidade para “os jovens designers mostrarem o que fazem”. “Num festival como este, é sempre uma boa iniciativa”, explicou, dizendo ainda que a oferta existente no Mercadinho está “adequada” ao público do festival.

Mariana Araújo, da Mon Père, vendia de tudo um pouco, desde óculos escuros a roupa, para homem e mulher. Ao JPN, disse que tinha sido convidada “o ano passado”, embora tenha hesitado e acabado por não vender nesse ano.

Apesar de tudo, este ano a Mon Père está presente no Mercadinho e Mariana Araújo não está arrependida. “Se calhar, isto funciona até mais do que em mercados”, disse a vendedora.

No Mercadinho do Primavera, também havia espaço para um cabeleireiro que luta “por uma causa”, neste caso a preservação do ambiente, lojas de discos de vinil, uma estação de tatuagens e bijuteria.

Caetano Veloso brilhou e Kendrick Lamar eletrizou o público no primeiro dia

Durante a música “Quero Ser Justo”, houve quem completasse o verso de Veloso “Uma das coisas mais lindas da Natureza” com “és tu!”, e foram muitos os que se juntaram ao brasileiro nos refrões de êxitos como “O Leãozinho” ou “Desde que o samba é samba”, além de faixas do mais recente álbum “Abraçaço”, como a música que dá título ao CD ou “A Bossa Nova é Foda”.

Antes, Os Da Cidade tinham encantado os festivaleiros mais pontuais com uma atuação a abrir o festival que revisitou trabalhos do grupo, mas também das carreiras de cada um, com destaque para uma mistura entre “Lambreta”, de António Zambujo, e “Anda Comigo Ver Os Aviões”, de Miguel Araújo.

Kendrick Lamar foi a penúltima atuação, antes de Jagwar Ma fecharem a noite com um rock ainda mais eletrónico ao vivo, e não desiludiu. Perante uma plateia ligeiramente mais pequena do que a que assistiu ao concerto de Caetano Veloso, Kendrick Lamar não fez por menos e levou o público ao rubro com “Bitch Don’t Kill My Vibe”, “Swimming Pools (Drank)” ou ainda “C.O.M.P.T.O.N.”.

O rapper norte-americano esteve presente ainda antes da atuação, em camisolas,sacos de pano e cartazes, que tinham inscritos frases como “King Kendrick” ou “Thank you for bringing hip-hop back” (obrigado por trazeres o hip-hop de volta), e o autor de “Good Kid, M.A.A.D. City” não desiludiu, com uma atuação que surpreendeu até os mais céticos.