“Apesar do drama a que assistimos é importante não baixar os braços”. Foi com o rescaldo dos despedimentos do grupo Controlinveste que Germano Almeida iniciou a participação no JPN como editor por um dia, nesta quinta-feira. “Até há uns tempos atrás poderíamos dizer que se conseguia um lugar num jornal ou numa redação, mas, hoje em dia, não é assim. É preciso batalhar”, conta o jornalista do Maisfutebol. “Só vale a pena se se quer muito”, diz.
Com um percurso ligado sobretudo ao panorama desportivo, Germano Almeida não deixa de salientar a importância de “saber de tudo um pouco” e reforça a ideia de usar os gostos pessoais como ferramenta de trabalho. “É óbvio que não podemos saber de tudo, mas se nos distinguirmos em duas áreas específicas é uma mais-valia para qualquer jornalista”, explica o profissional, que também produz conteúdos relacionados com a política norte-americana.
Uma “ótima experiência” por alguém com “tanta experiência”
E a perspetiva da assistência não poderia ser mais positiva. “Foi uma ótima experiência, uma oportunidade de contactarmos com o mundo real do jornalismo”, conta Francisca Ramos, estudante de jornalismo e estagiária no JPN. “São, sem dúvida, uma boa orientação para a minha vida futura”, completa Francisca, em relação aos conselhos dados pelo editor por um dia.
“Foi um contributo indispensável para uma equipa do JPN que ainda não teve a oportunidade de ter um editor convidado”, refere Simão Freitas, outro dos estagiários. “Tivemos a oportunidade de desenvolver temas relacionados com o desporto que, se calhar, não fazíamos fora deste dia especial. Foi fantástico ter alguém com tanta experiência a passar-nos conhecimentos importantes”, acrescenta.
Ainda que seja uma profissão muito específica e exaustiva, Germano Almeida concluiu, na reunião de redação, que é um privilégio produzir conteúdos e que, com tantos problemas no meio, só vale mesmo a pena ficar quem, de facto, quer muito.