O olinguito é o primeiro mamífero descoberto em 35 anos, em todo o mundo. É carnívoro e mora nas florestas da Colômbia e do Equador. A Dracaena kaweesakii é uma árvore de 12 metros e estima-se que apenas existam cerca de 2500. A Saltuarius eximius é uma osga que, apesar da cauda larga, tem um aspeto camuflado que a torna quase impercetível.

Estes são alguns exemplos da lista das dez principais espécies encontradas em 2013, que o Instituto Internacional para a Exploração de Espécies publicou, para alertar para a crise na biodiversidade no planeta. No “top” existem mamíferos, fungos ou árvores que, até há pouco tempo, não eram conhecidos. Segundo a mesma publicação, existem mais espécies a desaparecer do que as que são descobertas.

Luís Henrique Pereira é autor do primeiro programa televisivo e radiofónico dedicado à vida selvagem, de produção nacional, a ser transmitido em Portugal. O jornalista considera que há “sensibilidade” para o fenómeno das extinções, mas “o homem é o predador mais feroz e calculista do planeta, responsável nas últimas décadas pela extinção de muitas espécies”.

Vida animal em Portugal

O trabalho de Luís Henrique Pereira já lhe permitiu ter contacto com animais descobertos recentemente. Junto à Serra de Montejunto viu um “pseudoescorpião cavernícola”, considerado um dos maiores do mundo e a prova em como “há excelentes investigadores e cientistas em Portugal”.

Apesar de já haver muito “trabalho feito”, para Luís Henrique, a mudança de mentalidades não está fácil, porque a maioria dos portugueses não tem interesse na problemática da extinção das espécies. “Infelizmente, muitos estragos foram e continuam a ser feitos. Isto tem de parar!”, diz o jornalista.