É música de diferentes géneros e para todos os gostos em locais tão diferentes da cidade como o Convento Corpus Christi, o Cais de Gaia, o Coreto de Canelas ou a Casa-Museu Teixeira Lopes. O objetivo é “promover e dinamizar um património rico, mas tantas vezes votado ao esquecimento”, lê-se em comunicado da Câmara Municipal de Gaia, responsável pela organização do evento.

A iniciativa

Esta é uma “ação inovadora e de grande impacto social e económico a nível regional, com repercussão internacional” que “resulta de uma candidatura da Câmara Municipal de Gaia ao Programa ON.2, no âmbito do QREN”, explica o comunicado. “A aprovação deve-se, não só ao conceito inovador que lhe é inerente, mas também à mais-valia que o mesmo representa para o desenvolvimento económico do município, particularmente no seu Centro Histórico, que se depara com alguns problemas de envelhecimento e de desertificação”.

O “Gaia World Music” começa este sábado, 6 de setembro, às 16h, com a atuação de ranchos folclóricos da zona, no Cais de Gaia e prolonga-se até dia 28, sempre com a tradição como pano de fundo. São 30 concertos completamente gratuitos que compõem “uma programação cuidada e bastante heterogénea”.

A abertura oficial, no entanto, está reservada para as 21h, no Mosteiro da Serra do Pilar, com as atuações do KALE – Companhia de Dança e de Helena Sarmento, com “Fado dos Dias Assim”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu que a região “precisa de apostar” em “momentos de internacionalização” de forma a “afirmar-se”, focando-se numa faixa etária que procura o concelho pelas suas tradições, principalmente nesta época de setembro.

Vítor Rodrigues falou ainda da necessidade de “um trabalho de captação da segunda e da terceira visitas”, por parte de turistas que visitam a cidade, que “passa muito pela diversificação da oferta cultural”. “Temos de perceber que temos públicos que nos procuram para assistir a festivais como o Marés Vivas, mas também temos públicos, e são cada vez mais, que quando nos procuram querem também perceber as nossas tradições, o nosso modo de vida”, garantiu.