Porto ponto. Ou melhor, “Porto.”. Talvez evocando a maneira de ser muito portuense, do tipo “já está e não se fala mais nisso”, é assim que se designa agora a principal cidade do Norte do país.

Foi mais ou menos essa ideia que Eduardo Aires, líder do White Studio, ateliê de design que trabalhou para a autarquia nesta pasta, avançou, ao partilhar com o jornal Público como se chegou a esta nomenclatura: “Questionámo-nos muito: como é o Porto? Por mais análises que fizéssemos pode-se sempre resumir. O Porto é o Porto. Ponto. Acabou”.

A discussão acabou, mas a nova identidade começou. A partir desta terça-feira, o Porto acordou de “cara lavada”. A mudança visível mais acessível a todos está na Internet, nos sites da Câmara e no novo portal da cidade. Mas à medida que o tempo for passando, vai propagar-se por muito mais sítios. Desde logo, em 600 mupis da autarquia. Mas não só: até no metro, o “Porto.” vai estar. Na verdade, apenas as placas toponímicas da cidade vão manter-se inalteradas.

Nesta segunda-feira, altura em que a nova identidade foi apresentada nos Paços do Concelho da autarquia, Rui Moreira explicou que na marca agora estreada estão “o vinho, o futebol, o rio, o mar, os templos de cultura, religiosos e institucionais e o património imaterial riquíssimo”. A cor azul nada tem a ver com fações clubísticas. Trata-se do tom que os azulejos históricos da cidade sempre ostentaram.

“Este Porto é o Porto liberal, irreverente, inconformado, criativo e com caráter que conheço. Revejo-me nele. E é um Porto aberto”, disse o presidente da Câmara, Rui Moreira, revelando as principais características que sempre quis que o trabalho encomendado apresentasse.