Usam a bicicleta frequentemente e já foram roubados: Andrés Roi Eggers, Cristobal Cabello e Juan José Monsalve cansaram-se de perder o seu meio de transporte e decidiram criar uma tecnologia que prevenisse o roubo. Aproveitaram uma cadeira de Engenharia, curso que todos frequentam na Universidade Adolfo Ibanez, em Santiago, Chile, e desenvolveram a bicicleta Yerka, “impossível de roubar”.

Esta bicicleta não precisa de um cadeado para ser presa a um poste ou suporte específico. O selim é amovível e pode ser ligado a outra zona do quadro, ficando a bicicleta entrelaçada. É como se o cadeado fosse a própria bicicleta. “Ao contrário de qualquer outra solução para este problema, como bicicletas dobráveis ou para aluguer, a tecnologia Yerka mantém o design esguio de uma bicicleta urbana e é aplicável a qualquer quadro”, lê-se no site do projeto.

Parece uma bicla comum, à primeira vista, mas é a “mais segura que se pode encontrar”, garantem os três jovens criadores. Apenas são precisos 20 segundos – “o equivalente a apertar os atacadores dos sapatos” – para a tornar “impossível de roubar”. Isto porque, explicam, a única forma de roubar a bicicleta é parti-la, o que pode ser complicado.

Durante dois anos, Eggers, Cabello e Monsalve dedicaram-se ao desenvolvimento do modelo. No vídeo de apresentação do projeto (que já soma mais de três milhões de visualizações no YouTube) é utilizada uma chave para “trancar” a bicicleta. No futuro, contudo, os criadores querem que a segurança seja feita através de combinações ou via smartphone.

Para já, o projeto apenas tem um protótipo. Os universitários chilenos estão à procura de financiamento para que, em oito meses, possam colocar a Yerka no mercado. De acordo com o “The Washington Post“, está ainda a ser pensado o lançamento de uma campanha de crowdfunding na plataforma Kickstarter, em dezembro deste ano.

Às críticas que apontam falhas na segurança, baseadas no facto de os pneus e o guiador permanecerem livres e passíveis de serem roubados sem esforço, Eggers responde num artigo daquele jornal norte-americano: “A ideia é manter seguro o maior número de componentes possível, fazendo uma bicicleta confortável de conduzir que é segura”.