Já começou e, até 13 de dezembro, a FPCEUP continua a meditar sobre "O Tempo e os seus Modos". Este ciclo de debates pretende discutir a aceleração do modo de vida das pessoas, para a qual muito têm contribuído os avanços na tecnologia.

A Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia (SPAE) e o Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) da Faculdade de Belas Artes da UP (FBAUP), está a promover, desde o fim de setembro, o ciclo de debates “O Tempo e os seus Modos”.

No entanto, ainda há muito para discutir. Sempre em tardes de sábado (15h), até 13 de dezembro, o auditório da FPCEUP quer receber todos os interessados em meditar acerca da “temática que tem a ver com as vivências do tempo, com a aceleração contemporânea do modo de vida, profundamente impregnado de tecnologia, e também com esta espécie de fuga em frente que leva – aqueles que ainda o podem fazer – à mobilidade constante, à viagem”, informa o programa da iniciativa.

A próxima sessão está marcada para 11 de outubro e será dedicada ao subtema “Arquivo”, à “obsessão contemporânea, a de guardar, conservar, a de indexar, febril atitude de se contrapor ao tempo, ou seja, à morte”. Aqui os moderadores serão Catarina Alves Costa (FCSH-UNL), Fernanda Ribeiro (FLUP), Isabel Babo (Universidade Lusófona), Jorge Ramos do Ó (IEUL), Stella Azevedo (doutoranda em Filosofia – FLUP).

Modo de funcionamento

Segundo a organização, em cada sessão, “algumas pessoas (os/as moderadores/as) ‘darão o mote’ da problemática em questão, cada um(a) do seu ponto de vista, seguindo-se um debate com todos os presentes que desejem intervir”.

A 25 de outubro, a conversa é dedicada ao “Museu”, “lugar da canonização do quotidiano, seja ele de ar livre ou fechado, seja ele dirigido a objetos ou a pessoas”. Alice Semedo (FLUP), Álvaro Campelo (UFP) e Florbela Estêvão (Câmara de Loures) serão os moderadores. Já a 15 de novembro, o subtema será o “Património”, “valor coletivo, em permanente estado de perda, porque vive da própria ferida que pretende cobrir, tapar, compensar”, avança a programação. Aqui Álvaro Campelo volta ao painel de moderadores, desta vez com Armando Malheiro (FLUP), Augusto Santos Silva (FEP), Cláudio Torres (CAM) e João Pedro Cunha-Ribeiro (FLUL).

Quase no fim do ciclo de debates, a 22 de novembro, medita-se sobre a “Identidade”, “uma atitude de ligar a um código de referência”, “de marcação de uma fronteira, de um limite, de uma adoção de uma tipologia”. Na mesa de discussão estarão José Alberto Correia (FPCEUP), Maria José Barbosa (doutoranda em Filosofia – USC), Paulo C. Seixas (ISCSP), Vítor Martins (NEA) e, de novo, Álvaro Campelo. A 13 de dezembro fecha-se “O Tempo e os Modos” com uma discussão sobre a “Viagem”, onde o “turismo e a compra de um bem imaterial” serão alguns dos tópicos abordados por Arnaldo Saraiva (FLUP), Mariana Correia (Escola Superior Gallaecia) e, mais uma vez, Paulo C. Seixas.