Têm menos de 30 anos e convenceram o júri internacional (Maria Inés Rodriguez, do Musée D’Art Contemporain de Bordeaux, Andre Bellini, do Centre d’Art Contemporain de Genève, e Joe Scotland, do Studio Voltaire, em Londres) do prémio Novo Banco Revelação 2014, promovido por Serralves.

Como recompensa, Patrícia Bandeira, Pedro Henriques, Sofia Lopes Borges e Lúcia Prancha têm direito à exposição das suas fotografias no Museu do espaço cultural portuense até 11 de janeiro de 2015, além de bolsas de produção para os seus trabalhos. O objetivo do concurso, que foi aberto a todos os residentes em Portugal com idade inferior a 30 anos, era o de mostrar como têm o fotográfico e o cinemático sido explorados por este tipo de artistas.

Patrícia Bandeira, por exemplo, criou uma instalação multimédia que associa fotografia e vídeo, partindo de “um acontecimento real (um grupo de islandeses que admitiu convictamente a autoria de um crime apesar não se lembrar de o ter cometido), para questionar a relação entre a fotografia e a assunção do real”, refere a organização.

Já Pedro Henriques aplica variadas distorções visuais a fotografias técnicas de uma mesa de mistura áudio, depois impressas em placas de madeira recortada. “De forma algo paradoxal, pretende-se suscitar a sensação de se estar perante um instrumento sonoro com materialidade tátil”, afirma o artista.

A proposta de Sofia Lopes Borges leva o público a fazer uma viagem pelo país, já que a fotógrafa “percorreu toda a fronteira de Portugal, desde Caminha a Vila Real de Santo António, captando a paisagem estrangeira que se vê a partir” de Portugal.

No caso de Lúcia Prancha, a viagem foi até à Ilha dos Lençóis, no Nordeste do Brasil, “para recolher imagens e informações que lhe permitiram fazer um documentário ficcionado sobre um grupo de albinos que acredita habitar um território assombrado por D. Sebastião desde que ele desapareceu em combate na célebre batalha de Alcácer Quibir (1578)”.