Depois de assinado o acordo para o consórcio da Universidade do Norte, nesta sexta-feira, passa a existir, em Portugal, uma espécie de nova Universidade. Será possível um aluno de Ensino Superior dizer “Eu estudo na Universidade do Norte”, sendo, por exemplo, estudante da Universidade do Porto (UP), da Universidade do Minho (UM) ou da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

É da sinergia entre estas três instituições que nasce a UNorte.pt, com vista a “permitir o aprofundamento da articulação estratégica” entre as mesmas, informa, no memorando de entendimento, a força tripartida. Na verdade, a mobilidade de estudantes nacionais, ideia sugerida no primeiro parágrafo, é um dos principais objetivos assumidos pelo novo organismo.

Mas não só. A “promoção internacional conjunta da Região Norte como espaço de formação superior de referência e de investigação, onde se inclui a realização de ações conjuntas para atração de estudantes e investigadores estrangeiros”, é outra das pretensões. Desta forma, o grupo estará perto de tornar aquela zona do país no principal pólo congregador de agentes académicos em Portugal.

Desporto e Cultura nos planos

A “promoção do desporto universitário, incluindo a organização conjunta de grandes eventos internacionais” e a “organização de iniciativas culturais” também fazem parte do memorando de entendimento assinado pelas três instituições integrantes da UNorte.pt.

No entanto, com isto, não significa que as instituições envolvidas no consórcio vão perder a sua autonomia. Continuarão a valer por si próprias e a serem reconhecidas como tal, até mesmo nos rankings do meio e no reconhecimento internacional que granjearam. Passam, isso sim, a entreajudarem-se e a cooperarem em diversos aspetos, como alguns dos que já foram referidos.

Na realidade, como a própria UNorte.pt assume, as movimentações geradas por esta sinergia não são limitadas ao trio fundador, estando, até, previsto, o “potencial envolvimento de outras instituições de ensino superior da região e outras entidades públicas e privadas”.

Esta cooperação será sempre firmada se o objetivo passar pelas linhas orientadoras do consórcio, que se baseiam no “reforço da articulação conjunta em domínios considerados de interesse mútuo, nomeadamente ao nível da oferta educativada, potenciando projetos conjuntos, nomeadamente em domínios de formação emergente ou nos de procura reduzida; das plataformas de conteúdos para ensino a distância e cursos online; da mobilidade de estudantes; da investigação; da partilha de recursos humanos; do investimento em áreas de interesse comum, bases de dados ou infraestruturas científicas; da representação conjunta em redes transnacionais, entre outras”.