“A Minha Pátria é a Língua Portuguesa”, ao recuperar textos de Fernando Pessoa e seus heterónimos, estreia, na próxima segunda-feira, no Teatro Sá da Bandeira, em formato de espetáculo poético, interpretado em palco por Nuno Miguel Henriques.

Ao JPN, o ator e encenador caracteriza o espetáculo como um “desmontar da mensagem de Pessoa de uma forma simples”, porque, considera, “o difícil é dar poesia de uma forma eficaz que capte a mensagem com alguma sedução”.

O espetáculo comemora 10 anos

O espetáculo “A Minha Pátria é a Língua Portuguesa” não é novo e comemora, este ano, a sua 10.ª edição. Após oito anos em cena em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, e depois de editado em CD, a peça regressa ao Porto. Nas palavras do encenador Nuno Miguel Henriques, tal deve-se ao facto de o Porto ser “uma cidade de grandes nomes da poesia portuguesa, uma cidade poética”.

Espetáculo fica até ao verão

Essa sedução será conquistada não apenas através de palavras, mas também de cor, luz e música, elementos que também farão parte da peça. “É, acima de tudo, um momento de descontração, de olharmos para nós próprios enquanto povo e enquanto país de poetas que somos”, sintetiza Nuno Henriques.

O evento, que homenageia a poesia, é aberto a todo o público, não havendo distinções: “A poesia é a única coisa que une os pobres e os ricos, os novos e os velhos, os estrangeiros e os portugueses, os cultos e os menos cultos, os corruptos e os menos corruptos”, descreve o encenador, acrescentando que os espectadores são “desafiados a ir ao palco e ler os próprios textos”, numa espécie de “tertúlia poética”.

O espetáculo arranca já na próxima segunda-feira, no Teatro Sá da Bandeira, e vai manter-se neste dia da semana, pelo menos, até ao início do verão. Os bilhetes têm um custo de 10 euros e estão à venda nos locais habituais.