O grupo Bom Dia criou uma rede de informação com vários sites de notícias para as comunidades portuguesas em vários países da Europa: Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido. Estes países foram selecionados com base em critérios geográficos que têm em conta a percentagem de portugueses residentes nesses países.

Os sites têm uma componente geográfica, localizam o utilizador e selecionam conteúdo pertinente de acordo com o país onde este se encontra. Esta iniciativa já tinha sido desenvolvida no Luxemburgo, em 2001, e, após ter sido considerada uma referência da informação em português, o presidente da associação que deu origem ao grupo Bom Dia, Ricardo Silva, decidiu alargar este projeto.

“O projeto Bom Dia, desde o seu início, contou com a colaboração de profissionais em diversos setores. Estes profissionais permitiram que o projeto se adaptasse à evolução, inovando o conteúdo e a forma de informar. Por exemplo, atualmente, o Bom Dia acolhe uma estagiária formada em comunicação social da Universidade do Minho“, conta Ricardo ao JPN.

Como é um projeto de jornalismo associativo, jornalistas, repórteres e outros criadores de conteúdo são, na sua maioria, voluntários. Esta fusão de conhecimentos permite, ao grupo, noticiar o que está a acontecer no país onde está o leitor.

A rede de informação é totalmente “made in Portugal“: todo o processo de desenvolvimento dos novos sites do Bom Dia foi executado por web designers, informáticos, grafistas, gestores de projeto e jornalistas portugueses. Inclusive, o tipo de letra utilizado no site é o “Exo 2”, de origem nacional.

Número de visitantes é promissor

No entanto, o produto 100% português não existe apenas para valorizar o que é nacional, mas também “para que os portugueses emigrados possam beneficiar de um órgão de comunicação que os informa em total independência”.

“Por exemplo, no Luxemburgo, todos os órgãos de comunicação em língua portuguesa pertencem a grandes grupos de media luxemburgueses; em França e na Bélgica, o maior jornal em língua portuguesa pertence a uma associação empresarial; o jornal para as comunidades que se diz mais representativo no mundo é um projeto puramente comercial baseado em Lisboa sem qualquer ligação às comunidades”, revela o presidente da associação.

Este projeto acumula sucesso atrás de sucesso: apenas 15 dias após o lançamento do novo conceito, conta com mais de 12 mil visitantes únicos diários. Para o presidente da associação, isto deve-se, sobretudo, à “pertinência do seu conteúdo, orientado para a segunda e terceira geração”. “O Bom Dia tem sido apontado como a ‘agência de notícias’ das comunidades. As redes sociais permitem ao Bom Dia verificar a constante expansão do projeto, tal como garantir interatividade aos leitores”, afirma Ricardo Silva.