O segundo dia da 36.ª edição do Portugal Fashion contou com vários nomes que subiram à passerelle no Palácio da Bolsa para mostrarem as coleções da próxima estação. Apesar da inspiração, tema e material utilizados serem diferentes de coleção para coleção, houve algumas semelhanças entre os trabalhos. O corte das calças em boca de sino foram uma tendência apresentada por quase todos os estilistas. O Palácio da Bolsa encheu-se com as cores azul, laranja, preto, branco e bordeaux.

Mean by Ricardo Preto

Criada em 2010, a Mean by Ricardo Preto tem como inspiração a mulher contemporânea. O objetivo é que o ato de vestir seja um prazer. Para isso, Ricardo Preto tem principal cuidado na escolha do corte, da matéria e dos pantones.

“Danza Preparata”, coleção outuno/inverno 2015-2016, é inspirada na peça de Rui Horta em homenagem ao centenário do nascimento de John Cage. Ricardo Preto apresentou um trabalho com uma paleta cromática de contrastes entre as cores do inverno (azul, preto e bordeaux) e as cores do calor (laranja, verde, amarelo, orquídea). A figura da mulher deslumbra a passerelle com roupas volume XL, criando uma relação entre o corpo e o movimento.

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Susana Bettencourt|Estelita Mendonça

Susana Bettencourt estreou-se no Portugal Fashion em 2011 e já participou em vários desfiles internacionais, como Vienna Fashion Week. Para a próxima estação, a estilista apresenta a coleção “Reclaim”, inspirada no trabalho fotográfico de Kal Fagerstrom, uma representação da forma como algumas coisas passaram da pertença das pessoas para a natureza. A geometria, os jacquards, os estampados com textura e o contraste dos tons de terra com o cinza estão presentes nas criações da estilista.

Estelita Mendonça, desde 2010, foi sempre presença constante no Espaço Bloom e, em 2012, conquistou o prémio Novo Talento no Fashion Awards Portugal. Madrid e Viena já receberam as coleções de Estelita. A coleção da próxima estação apresentada no Palácio da Bolsa reflete a ideia de work-wear com a apresentação de um uniforme criativo. O estilista aposta nas cores escuras e sombrias para dar ao uniforme a ideia de intemporalidade.

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Bloom: Klar

A primeira apresentação do Bloom, no segundo dia, ficou ao encargo de KLAR. A sustentabilidade e a exploração de novas tecnologias são duas das preocupações desta marca que mistura o passado e o futuro. A coleção apresentada teve como foco a continuidade e o desenvolvimento. Os responsáveis pela coleção são Alexandre Marrafeiro, Andreia Oliveira e Tiago Carneiro.

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Anabela Baldaque

Desde a primeira edição do Portugal Fashion que Anabela Baldaque mostra as suas criações na passerelle. Em 2000, a designer inaugurou a primeira loja no Porto e, a partir daí, começou a desfilar noutras cidades internacionais, como Nova Iorque.

Sob o tema “Teatime”, Anabela Baldaque construiu uma história de imagens como se fossem uma exposição num museu. Uma mistura de rock romântico com audácia gráfica. Capas, casacos longos e cachecóis camisa predominaram na coleção para a próxima estação. Apesar de outono/inverso ser sombrio e frio, a criadora apostou no brilho das cores utilizadas – amarelo, laranja, preto, azul -, que iluminaram a passerelle. A variedade do material utilizado foi também visível desde brocados até à lã, como também jersey tricô e sedas.

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Carlos Gil

O estilista subiu pela primeira vez à passerelle do Portugal Fashion em 2009. No mesmo ano foi distinguido como Jovem de Sucesso em Portugal e no Estrangeiro pelo Presidente da República. No Palácio da Bolsa, Carlos Gil mostrou as cartas da sua coleção “All in”, inspirada numa partida de poker, onde a sorte e a determinação estão presentes em todas as jogadas.

O padrão dos naipes das cartas está presente em algumas peças da coleção. Variedade de estilos, silhuetas, texturas, matérias foram as apostas do estilista na passerelle. A mulher como uma figura arrojada e audaz com um estilo casual chic. A sorte esteve do lado de Carlos Gil.

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Diogo Miranda

Desde 2007, início do percurso profissional, que Diogo Miranda mostra o trabalho no Portugal Fashion. Primeiro como um jovem criador e agora como um dos nomes mais importantes no mundo da moda. O nome do estilista não fica só por Portugal. Diogo Miranda tem deslumbrado nas passerelles de várias cidades, como Londres, Berlim, Nova Iorque e Paris.

Para a próxima estação, o designer apresenta uma coleção inspirada na silhueta couture com um look austero que remete para os filmes de ficção científica. Sob o nome “Paris n.º 1”, as criações caracterizam-se pelos ombros acentuados, cinturas definidas e ancas exageradas, salientando a linha do corpo. A paleta cromática alterna entre as cores frias, quentes e neutras, juntamente com alternância do material utilizado – seda, mikado, brocado, veludo devoré, lã ou crepe de seda.

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Bloom: Pedro Neto

Aos 18 anos, o jovem estilista venceu o concurso Bloom, em 2014, com a coleção “Self-Burial”. Passado um ano, Pedro Neto apresenta a coleção outono/inverno com o nome “Inhabitation”. As criações refletem a casa do designer, mais propriamente, os hábitos rotineiros. A imagem de comforto e bem-estar está presente na coleção através do efeito das peças. As cores neutras predominam na passerelle.

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Miguel Vieira

De grande renome nacional e internacional, Miguel Vieira tem apresentado o trabalho em passerelles diversas, desde Portugal até São Paulo, passando também por Istambul e Paris. Não é só a roupa de homem e mulher que o caracterizam, mas as jóias, os sapatos, os óculos, também estão presentes nas coleções.

As criações para o outono/inverno 2015-2016 expiram o minimalismo, o luxo e o clássico. O estilista apostou na fusão entre tecidos nobres e luxuosos, resultando uma silhueta clean. As peças brincam com os detalhes de décadas anteriores e com pormenores desportivos, nunca esquecendo um toque sofisticado, moderno e elegante.

Tecido jacquard com figuras geométricas, couro trabalhado e lantejoulas bicolor marcaram a coleção do estilista. O último desfile deslumbrou o Palácio da Bolsa com a variedade de cores utilizadas: o beige café com leite; o bordeaux; o castanho; o castanho licor de café; o azul Limoges e o negro carvão vegetal.

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