Em agosto de 1415, Infante D. Henrique partiu com a sua expedição com o objetivo de conquistar Ceuta. A 22 de agosto de 1415, aquele território já era português. Após 600 anos, a viagem vai ser repetida por portugueses. A ideia de realizar a aventura até Ceuta surgiu há um ano pela Mototurismo e o objetivo é comemorar a data mais do que redonda.

O ponto de partida é a Invicta: “O Porto, como cidade dos Descobrimentos, como cidade do Infante, devia de ter um papel preponderante nesta comemoração (…)”, explica ao JPN André Silva, um dos responsáveis pelo projeto.

O cumprimento das datas da viagem realizada há 600 anos é um dos pontos que os organizadores querem seguir. A partida do Porto acontece no dia 15 de agosto e a chegada a Ceuta no dia 22 do mesmo mês. Os organizadores querem dar aos viajantes a possibilidade de experimentar o caminho que há 600 anos foi feito por via marítima.

O percurso da viagem até Ceuta está centrado na figura do Infante D. Henrique e todos os pontos por onde os viajantes vão passar foram locais importantes na vida do monarca. Para além da importância do local, “todos estes sítios vão ser vivificados através de teatralizações” e, por isso, a expedição conta com “uma companhia de teatro”.

Dois transportes à disposição

A Rota do Infante foi, desde o início, pensada para ser realizada de mota, mas “pela eventualidade de as pessoas poderem não saber conduzir esse veículo ou porque a saúde não lhes permite, optou-se por uma segunda opção, o autocarro”. Apesar de o percurso ser feito em dois meios de transportes, o convívio não vai faltar: “Vamos ter sempre as dormidas e os jantares em conjunto, porque queremos também este contacto com a multiplicidade de experiências”, explica André Silva.

O projeto organizado pela Mototurismo, em parceira com a Quadrante, conta ainda com a ajuda da professora Dália Dias e do historiador João Cleto. A apadrinhar o projeto estão o piloto Pedro Bianchi Prata e o navegador solitário Ricardo Dinis.

Dentro da mala, para além do que se costuma levar, as pessoas não se podem esquecer do “telemóvel como substituto da máquina fotográfica (…), a partilha nas redes sociais (…)”  e “um bloco de notas (…), o registar dos momentos que vão ser vividos (…)”, afirma André Silva.

Até ao momento estão inscritas 15 pessoas para a viagem até Ceuta. A inscrição pode ser feita através do site, da Geostar ou através do contacto com a organização. O preço da inscrição de mota é de, aproximadamente, mil euros, e de autocarro é de, aproximadamente, 1.500 euros.

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