Inês Nadais começou a carreira no jornalismo como estagiária do jornal Público. Hoje, aos 38 anos, é editora do suplemento Ípsilon. No entanto, nesta quinta-feira, 23 de abril, ausenta-se daquela que é a sua redação há 15 anos, para ser editora do JornalismoPortoNet por um dia. A agenda do JPN fica, desta forma, nas mãos de Inês, que tenciona abordar “temas da cultura, das artes e dos espetáculos e também da vida da cidade”, através da fotografia e do vídeo.

A redação do Público no Porto

“É uma das duas redações do jornal Público, tem praticamente todas as secções da redação principal, à exceção de alguns departamentos mais especializados, como o de infografias e de webdesign. Tem um ritmo de atividade diária bastante intenso, sobretudo durante os dias da semana, e tem todas as valências necessárias à produção de um jornal com edições impressa e online”, conta Inês Nadais.

A editora já teve oportunidade de trabalhar com alguns ex-alunos do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto que estagiaram no Público. “O JPN é uma espécie de laboratório de formação ao vivo que me agrada, porque uma das deficiências dos cursos de comunicação social e de jornalismo da minha geração era, justamente, haver uma desvinculação entre a teoria e a prática. (…) As pessoas que vou conhecendo que passaram pelo JPN – algumas também vêm aqui parar (Público) -, parece-me que já vêm com uma estaleca das rotinas de trabalho”, acredita Inês Nadais.

Questionada sobre a abordagem que pretende dar aos temas escolhidos, a editora do Ípsilon afirma querer “aprender com o estagiários, com as rotinas de uma equipa super jovem e com uma agenda própria (…) e saber o que se pode fazer num dia de trabalho”.

Inês Nadais pretende, com esta experiência, transmitir a mensagem de que “se aprende fazendo, aprende-se com os erros, de que o jornalismo é um meio instável, mas ao mesmo tempo em que se pode fazer tudo, podem fazer-se coisas que eram impensáveis há 15 anos”.

A editora caracteriza o jornalismo como “um mundo a descobrir e acerca do qual é impossível ter certezas, o que tem tanto de bom, como de mau”, conta.