Por volta das 22h desta terça-feira, a poesia de Herberto Helder vai ecoar na Rua das Oliveiras, no Porto. O espaço escolhido é a taberna-bar Aduela, residência habitual do ciclo de poesia do Tabernáculo Poético.

O evento conta já com alguma tradição no seio cultural da Invicta. Todos os meses, a uma terça-feira, a poesia ganha voz por via de alguns declamadores e de todos aqueles que pretendam participar. E como as palavras não são exclusividade dos livros ou de um único espaço, a livraria Poetria é, por excelência, a dinamizadora deste ciclo poético. Para Dina Ferreira da Silva, proprietária do espaço, Herberto Helder provoca sensações diferentes dos restantes poetas.

A subjetividade do estilo literário e a escrita característica do autor deixam os leitores surpresos, mas se Dina Ferreira Silva pudesse apontar uma semelhança, diria que a poesia de Herberto Helder se equipara a uma obra de arte. Os motivos para escolha deste autor são mais do que muitos e a proprietária da Poetria encara-os como um vício.

Habitualmente, nem todas as pessoas têm predisposição para ler Herberto, portanto, o papel da também organizadora do evento passa por aconselhar os clientes e futuros leitores do poeta.

Alexandra Dias, Carlos Gaio e Nuno Meireles são as vozes garantidas para declamar o autor de “Os Passos em Volta” e “Photomaton & Vox”, mas o público também é convidado a fazê-lo. Quem tiver um poema em mente do autor, pode trazê-lo no bolso. Porém, as mesas e recantos do Aduela estarão munidos das obras de Herberto.

O evento terá como banda sonora a música de José Valente na viola de arco e de Sérgio Tavares no contrabaixo.

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