O mau cheiro que se fazia sentir um pouco por todo o recinto, aliado aos corpos cansados e ao cartaz mais calmo, denunciava logo que estávamos no sétimo e último dia desta edição da Queima das Fitas do Porto.
No palco principal, os portugueses We Trust abriram as hostilidades por volta das 23 horas. Temas como “Time (Better not Stop)”, “We are the ones”, “Tell me Something” ou “Once at a time” tiveram o poder de pôr o publico a dançar ao ritmo de uma banda que se apresentou na máxima força para a meta final do evento.
Sem o tradicional encore, o grupo de André Tentúgal saiu de cena dando lugar ao artista mais esperado da noite – James Arthur. O cantor britânico que foi catapultado para o sucesso mainstream através de um concurso televisivo em 2012 subiu, assim, ao palco, com a responsabilidade de fechar esta edição da Queima 2015. “
“Come down”, “Recovery”, “You’re Nobody ‘Til Somebody Loves You” e o clássico cover de “Impossible” foram os temas mais marcantes do reportório do cantor, que ficou apaixonado pela cerveja portuguesa.
Realidades cruzadas
Enquanto alguns estudantes vivem a sua primeira experiência na Queima, outros já são finalistas e há mesmo quem já nem sequer esteja a estudar. Carina Gonçalves, aluna do primeiro ano de enfermagem da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), diz estar a gostar deste primeiro ano na academia. “O James [Arthur] foi espetacular. É o meu primeiro ano de Queima e está a superar, de longe, as minhas expectativas. Acima de tudo, este convívio com os colegas de curso é inesquecível”, confessou a caloir, ao JPN.
Por outro lado, Cátia Duarte, de cartola e bengala, também finalista de Enfermagem, diz que “esta Queima foi especial”. “Este ano, por ser o último, vai ficar no coração, já para não falar de que este foi, sem dúvida, o melhor cartaz da Queima desde que entrei para a faculdade”, admitiu.
Quando confrontada com as perspetivas para o futuro, Cátia diz que o plano é simples: “Lutar e tentar arranjar emprego por cá. Se não conseguir, tento no estrangeiro”. Num plano completamente distinto está Tiago Ferreira, terminada a licenciatura, o ex-aluno justifica a sua presença com o facto de a Queima ser “um momento imperdível do ano”, uma altura em que aproveita para “matar saudades do tempo de estudante e, neste caso, para ouvir boa música”.
São realidades distintas que se cruzaram nesta Queima 2015, uma edição marcada por nomes da música nacional e internacional, como The Gift, Xutos e Pontapés, D.A.M.A, We Trust, Anselmo Ralph, Daniela Mercury, Basterjaxx ou James Arthur.
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