O arquiteto Nuno Valentim, docente na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), vai coordenar a equipa responsável pelo projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão, em conjunto com técnicos da Câmara Municipal do Porto (CMP).

Em conversa com o JPN, Nuno Valentim começou por frisar a sua posição no projeto. “O projeto é coordenado pela Câmara Municipal do Porto e o meu papel passa por ser coordenador do projeto geral de arquitetura. Fazendo uma espécie de assessoria interna”.

Principais desafios

O Mercado do Bolhão tem duas classificações patrimoniais: o edifício, material, e a função de mercado, imaterial. Uma das maiores dificuldades do projeto é fazer a articulação do valor patrimonial do Mercado com a sua função de mercado municipal de frescos.

Esta reabilitação prevê a existência de um “mercado de frescos no piso térreo, restaurantes e uma área com estruturas polivalentes no piso superior. Vai ter acesso direto à estação de metro, elevadores e uma cave técnica com acesso pela Rua de Alexandre Braga. Mas vai manter os vendedores que lá queiram ficar. E haverá até uma nova versão das cortinas que ajudam a afastar o sol dos produtos para venda, no piso superior”, adianta o site da CMP.

Este Bolhão renovado vai ter uma cobertura em vidro no piso térreo onde ficará o mercado de frescos, talhos e peixarias. Com características térmicas, esta cobertura permitirá controlar a temperatura e a ventilação do espaço.

O projeto tem um custo total previsto de 20 milhões de euros e será realizado no “menor prazo possível”.

A apresentação do projeto realizou-se a 22 de abril, numa sessão que contou com a participação do presidente da CMP, Rui Moreira, do vereador do urbanismo, Manuel Correia Fernandes, e do próprio Nuno Valentim.