No seguimento de uma proposta da Câmara do Porto, apresentada no final do mês de abril, acerca da mudança da localização da Feira da Vandoma para a Alameda de Cartes, em Campanhã, e da Feira dos Passarinhos para o Passeio das Fontainhas, os comerciantes da Vandoma organizaram um protesto para contrariar esta hipótese.
Apesar de o futuro da feira ainda não estar decidido e de se tratar apenas de uma proposta que ainda será debatida e estudada futuramente, os comerciantes da Vandoma não estão satisfeitos.
“Não aceitamos a saída da feira para o Cerco por questões de segurança. Não temos casa de banho, não temos nenhum café lá à beira para tomar o pequeno almoço, e estamos com muito medo, porque temos colegas que já foram ver o ambiente lá e dizem que não é seguro. Se houver hipótese de mudar a feira para outros sítios com segurança, por nós, tudo bem”, diz ao JPN Isabel Rodrigues, feirante da Vandoma.
“Por uns, estão a pagar os outros”
Os comerciantes alertam que, “por uns, estão a pagar os outros”. “Há queixas dos moradores contra um outro lado da feira, um lado ilegal, em que as pessoas que estão lá não pagam para estar e que os fiscais da Câmara deixaram que se fosse alastrando. Nós temos tudo legal e estamos a lutar pelo nosso lado, pelo largo das Fontainhas”, alerta Isabel Rodrigues.
Recorde-se que, em declarações ao Jornal de Notícias no final do mês de abril, Rui Moreira, o presidente da Câmara Municipal do Porto, alertou que ainda nada está definido e que, ao longo da sua história, a feira já mudou de localização pelo menos três vezes. O JPN tentou falar com a autarquia sobre o assunto, mas não obteve resposta.
O protesto contra a mudança da localização da feira está agendado para esta terça-feira, pelas 14h, no largo das Fontainhas. A marcha quer unir comerciantes e clientes, e tem como destino a Câmara do Porto.