A inauguração do novo Terminal de cruzeiros de Leixões estava marcada para o passado dia 20 mas, surpreendentemente, foi adiada. A abertura da obra – que tem como objetivo aumentar o fluxo de navios e passageiros em Matosinhos – estava inserida nas Festas do Senhor de Matosinhos e a expetativa era muita.
A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), órgão responsável pelo projeto do Terminal, esclarece, ao JPN, através da assessoria de comunicação, “razões imprevistas” para a suspensão da abertura.
“Alienígena no panorama da arquitetura portuense”
Além das funções comerciais, o novo Terminal de cruzeiros de Leixões tem sido tema de debate no panorama arquitetónico. A singularidade da infraestrutura no local levantou várias opiniões, que questionam as confusas formas do projeto. Luís Pedro Silva, arquiteto responsável pelo projeto, diz que o edifício é uma “resposta a um conjunto de circunstâncias”.
Uma dessas razões, apontadas por vários meios de comunicação social, seria a preenchida agenda de Pedro Passos Coelho que, alegadamente, estaria presente na inauguração. A APDL “não confirma nem desmente” a informação e promete para breve uma nova data para a abertura.
Apesar da inauguração oficial estar num impasse, o Terminal está a funcionar normalmente, e os navios já ocupam o cais.
Nova casa do CIIMAR
O Terminal de cruzeiros de Leixões, infraestrutura que custou mais de 50 milhões – tornando-se um dos maiores investimentos de caráter público dos últimos anos do Norte -, vai servir, além do incremento de navios e passageiros em Matosinhos, de nova casa para o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR).
A parceria entre a APDL e a Universidade do Porto (UP) no investimento da construção do empreendimento permitirá, assim, ao CIIMAR uma melhor base para futuras investigações. A presença de um biotério, aquário de animais e algas, é uma das novas especificidades ao dispor do CIIMAR.