É já a oitava edição do Festival Folk Celta, cujo nome não engana, e que reúne na Praça Terras da Nóbrega, em Ponte da Barca, algumas das melhores referências do estilo. Uma das grandes apostas deste ano são os Mànran, que acabam de tocar no Festival Glastonbury, e que se juntam a nomes como Júlio Pereira ou Diabo na Cruz (ver caixa).

Cartaz

Sexta-feira | 24 julho

21h30 – Palco Bricelta | Olain Ein Sof

22h00 – Palco Somersby | Júlio Pereira

23h00 – Palco Bricelta | Karrossel

00h15 – Palco Somersby | Anxo Lorenzo

01h15 – Palco Bricelta | A Barca dos Castiços

01h45 – Palco Somersby | Sampladélicos

 

Sábado | 25 julho

21h45 – Palco Somersby | Myrica Faya

22h45 – Palco Bricelta | Tranglomango

23h15 – Palco Somersby | Mànran

00h30 – Palco Bricelta | The Pet Piper’s Project

01h00 – Palco Somersby | Diabo na Cruz

Com as margens do Rio Lima e do seu afluente Vade como cenário, o Festival Folk Celta, que é organizado pela Câmara de Ponte da Barca aposta novamente em dois palcos a funcionar em alternativo – o Palco Somersby e o Palco Bricelta.

O Palco Somersby, visto como o palco principal do evento, receberá no primeiro dia o multi-instrumentista, compositor e produtor Júlio Pereira, que acumula mais de 20 discos na sua carreira onde o cavaquinho é instrumento rei, dezenas de colaborações internacionais e perto de 80 discos produzidos em todo o mundo.

Segue-se o galego Anxo Lorenzo, que apresenta ao público português o mais recente álbum “Confuxion”, visto como um hino à liberdade, um trabalho de experimentação musical, com instrumentos acústicos e uma fantástica produção onde as melodias interpretadas e devidamente acompanhadas pela gaita e violino criam uma sonoridade única e fresca no panorama internacional da folk; e ainda os Sampladélicos – projeto de Tiago Pereira d’A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria e Sílvio Rosado -, que juntam a vontade de tornar a música cada vez mais humana à vontade de distorcer sons, tradições, lugares confortáveis misturando o que se ouve com o que se vê.

Neste mesmo dia, mas no Palco Bricelta, há dose tripla de atuações. Primeiro tocam os Olam Ein Sof – um duo brasileiro de música neofolk/medieval que visita Portugal pela segunda vez para apresentar o recente trabalho “Reino de Cramfer”. Depois, os experientes Karrossel que com o seu espírito festivo misturam a dança e a música, promovendo um espetáculo que é simultaneamente um convite à aprendizagem das danças. A fechar, A Barca dos Castiços que vêm de Coimbra incluindo no seu trabalho criativo elementos tradicionais mesclados com elementos de música erudita, do jazz, e também do pop-rock.

Para o segundo dia do festival, a 25 de julho, o Palco Somersby promete boas surpresas. Logo a começar, os açorianos Myrica Faya que tocaram o ano passado em Ponte da Barca e que regressam ao festival para abrir a noite, trazendo as suas versões muito próprias do cancioneiro popular português, particularmente do universo dos Açores, fruto de um longo processo de pesquisa, desconstrução, amadurecimento e recriação.

Seguem-se os conceituados Mànran que vêm da Escócia, e que combinam o galego e o inglês aos instrumentos da folk, criando uma sonoridade contagiante e reconhecida que resulta da fusão do acordeão, violino, flauta, percussões e baixo. A banda estreia-se em Portugal para este concerto depois da passagem pelo Glastonbury.

O desafio de fechar o festival fica com os portugueses Diabo na Cruz que acabam de editar o seu terceiro disco de originais. Homónimo, o álbum já tem relevados dois singles “Vida de estrada” e mais recentemente “Ganhar o dia”, que tocam com frequência nas rádios e já se tornaram verdadeiros sucessos. A banda de Jorge Cruz já habituou o seu público a muita dança e boa disposição, sendo por isso aposta certa para o encerramento desta oitava edição.

O Palco Bricelta por sua vez começa a noite com os Tranglomango que partindo de uma formação instrumental clássica do rock juntam-lhe o acordeão deixando-se influenciar pela cultura tradicional portuguesa como mote para a prática e domínio de um som que funde estilos contrastantes. Seguem-se os espanhóis The Pet Pippers Project que apresentam um repertório de música folk galega, irlandesa e escocesa à qual se juntam influências rock.

As portas abrem às 21h00 e os concertos têm inicio 30 minutos depois. Os bilhetes custam cinco euros diários e podem ser adquiridos no Posto de Turismo de Ponte da Barca ou através de pré-reserva pelo facebook oficial do Festival, estando também à venda nos locais habituais. Em paralelo, decorre a Feira Alternativa que apresentará uma vez mais cerveja artesanal, licores tradicionais, queijos e enchidos da região, sabonetes artesanais, óleos e unguentos naturais, e ainda uma área de restauração a trabalhar durante todo o horário dos concertos.