O dia começou como é costume em Paredes de Coura, a água cheia daqueles que se aventuram no rio mais frio de Portugal e dos menos corajosos que apostam nos mais diferentes insufláveis. Sol, música, muita animação na praia fluvial do Taboão durante a tarde, anteciparam o primeiro concerto do festival, Gala Drop.

Apesar de o concerto ter início às 18h, uma altura em que os festivaleiros por vezes optam por visitas à vila ou pelo sol à beira rio, o relvado junto ao palco principal foi-se enchendo nesta que é a edição com mais afluência do festival. Gala Drop e Ceremony deram o ponto de partida para esta noite, com o relvado que aos poucos se foi enchendo. Apesar da calma aparente da plateia, as primeiras filas partilharam o ritmo com as bandas em palco com muito entusiasmo. O mesmo se repetiu com Blood Red Shoes, aqueles que, para muitos, foram a revelação desta noite.

Por fim, a plateia encheu. Era tempo de ver e ouvir Slowdive. A banda inglesa que esteve em Portugal no ano passado, no Primavera Sound, repetiu agora o tão aguardado concerto em Paredes de Coura. A banda de rock alternativo que atingiu o seu auge nos anos 90 reuniu-se de novo em 2014 para fazer as delícias do seu público.

Tal como se verificou no Primavera Sound e o Vodafone Paredes de Coura veio a comprovar, com a idade, o grupo manteve a essência, o espírito, e quem vir um concerto dos Slowdive em 2015, em muito se assemelha ao que se via nos anos 90, quiçá, até melhor. Com a idade veio a experiência, mas não se perdeu o espírito e os Slowdive apresentaram-se em excelente forma. Na despedida, a banda confirmou ter gostado tanto quanto a plateia e prometeu voltar a Portugal no próximo ano.

Uns de pé, outros sentados, a maior animação vivia-se principalmente junto da plateia perto do palco. O mesmo se repetiu nos mais aguardados TV on the Radio, que chegaram até a pedir ao público para ter cuidado com as pessoas que podem efetivamente ficar em mau estado com o crowdsurfing. Toda a gente estava a espera de um bom concerto e ninguém saiu desiludido. Apesar da atuação curta, os TV on the Radio deixaram quase tanto em palco quanto receberam. Euforia total e a sede daqueles que há muito os queriam ouvir, depois dos concertos cancelados em Portugal este ano.