Na correria do dia a dia, nunca ninguém se lembra do local onde deixou as chaves de casa, a carteira ou até mesmo o telemóvel. Para evitar as perdas de tempo intermináveis, a “Lapa” nasceu em 2013 para se “agarrar” aos objetos. Agora surge renovada. A ideia, de acordo com João Oliveira, era apresentar “algo que não falhasse”. Um dos fundadores da aplicação explica ao JPN que, através do feedback que foram recebendo por parte dos clientes, houve a necessidade de fazer algumas alterações e evoluir. “As pessoas à medida que foram usando a Lapa, foram notando e dizendo aquilo que gostavam mais e que gostavam menos. O que fizemos foi manter o que gostavam e ir eliminando o que gostavam menos, que era sobretudo a resistência e o facto de não ser à prova de água”, esclarece um dos fundados da aplicação.

A mudança mais urgente, segundo João Oliveira, era tornar a “Lapa” mais resistente, uma vez que inicialmente apresentava algumas fragilidades. Assim, a “Lapa 2” foi concebida para ser mais forte e para sobreviver debaixo de água. Outro dos aspetos melhorados foi a possibilidade de encontrar o telemóvel através do dispositivo. Se antes, através de uma aplicação (disponível para smartphones e tablets com sistemas iOS ou Android) era possível encontrar os objetos via Bluetooth, agora também o inverso é capaz. Isto é, se o telemóvel ficar esquecido em algum lugar, basta pressionar o botão da Lapa para “dar um toque” ao telemóvel, mesmo que este esteja em silêncio.

O alcance entre o dispositivo e o telemóvel foi aumentado para 60 metros (o dobro do inicial), mas mesmo assim os objetos podem acabar perdidos ou esquecidos em algum lugar. João Oliveira arranja uma solução. “Se o dono perdeu uma Lapa, pode reportá-la como perdida e seu eu passar perto da Lapa perdida dele sou notificado que aquela Lapa está perdida e tenho imediatamente acesso aos dados do dono para entrar em contacto com ele”, elucida o co-fundador da startup portuense.

O arquiteto explica que o design também foi uma preocupação, uma vez que “se é colocado nos objetos do dia a dia, tem de ser algo bonito”. Talvez por isso, o público que a “Lapa” mais cativa é o público jovem. “A Lapa é direcionada para um público em geral porque toda a gente perde coisas. Pelo design temos mais um público jovem, público mais energético e com menos tempo a perder”, indica João Oliveira. Há também uma linha de acessórios para localizar crianças e animais de estimação.

Segunda aventura no crowdfunding 

Já em 2013, a equipa da “Lapa” realizou uma campanha de crowdfunding na plataforma Indiegogo, onde o objetivo era conseguir 75 mil dólares. Após dois anos de experiência, uma participação no Shark Tank português e clientes nos mais variados cantos do planeta, a Lapa 2 lança novamente a proposta. “Já temos clientes atuais que nos vão apoiar. O produto está melhorado e portanto é mais atrativo”, explica João Oliveira. Até ao final de Novembro são precisos, desta vez 35 mil dólares (cerca de 31 mil euros). Para quem quiser apoiar a campanha, cada Lapa custa cerca de 25 euros, mas o preço baixa se adquirida em packs: 19 euros por unidade se comprar três, 15 se comprar nove e 14 na compra de 30.