A ideia principal do festival passa por ser um ponto de encontro de artistas internacionais inovadores e entusiastas de arte contemporânea. Promove a colaboração entre os mesmos para fomentar a criatividade, dinamizar novas tendências artísticas e criativas, naquilo que é uma celebração da arte digital, do design e da inovação. Sendo um dos maiores festivais internacionais da área, o evento junta no seu seio personalidades com histórias e percursos diferentes, desde inventores, designers, ilustradores, entre muitos mais. Pretende ser uma confluência de ideias diferentes em prol da arte e cultura contemporânea. “Não é necessariamente um festival só de design ou só de vídeo, é um festival multidisciplinar que junta essas valências todas”, diz Inês Santos, do ateliê Typeless – entidade responsável pela organização do evento no Porto – em conversa com o JPN.

Bilhetes

A entrada no Cinema Batalha será livre. Aí, poderá entrar e ver algumas exposições laterais do festival assim como usufruir dos espaços criados para o evento. Para participar nas conferências, será necessária a aquisição de bilhete. O Regular Ticket, que dá acesso a todas as conferências durante os dois dias tem um custo de 50 euros. Caso também pretenda, para além de assistir às conferências, participar no workshop Digital Creativity ou no workshop UX, o custo passa a 120 euros. Para participar no workshop especial do festival, do estúdio Vallée Duhamel, terá que desembolsar 150 euros, que não incluem o Regular Ticket. Para adquirir bilhetes, poderá fazê-lo aqui.

A iniciativa irá desdobrar-se numa série de eventos que incluem conferências, workshops, intervenções criativas e inclui no seu espaço uma área lounge, um mercado, uma sala de projeções, entre outras atrações. O Batalha vai estar aberto na duração de todo o evento para quem quiser visitar e explorar. As únicas partes pagas serão as conferências, os workshops e a festa final. “A nossa ideia foi sempre que isto fosse um festival para a cidade, aberto à comunidade”, explica, “que não fosse um festival fechado sobre si próprio”.

No espaço próprio e em redor, estarão presentes intervenções de artistas portuenses e nacionais também. “Os Still Urban Design vão se apropriar da praça e vão fazer uma intervenção bioclimática”, acrescenta Bruno Sousa, também do mesmo ateliê, “o André Rangel, com os 3kta, também vai ter uma instalação”.“O espaço vai estar povoado com instalações, com o mercado, vai haver uma dinâmica interessante durante esses dias”, sublinha o mesmo. Além das referidas, também irão marcar presença intervenções do atelier MaPa e do Digital Fabrication Lab (DFL)

“Nas conferências, os oradores irão falar sobre o seu processo criativo, sobre o trabalho que desenvolvem”, revela Inês. Para conferenciar, irão estar presentes Héctor Ayuso, um dos fundadores do OFFF Festival, o estúdio francês Hellohikimori, os londrinos Spin, o projeto The Mill, o estúdio canadiano Vallée Duhamel, os catalães Vasava. Possivelmente, o nome do maior destaque para esta edição do Porto será o artista nacional Vhils, assim como o seu projeto lateral, Solid Dogma. “Vhils vai dar uma conferência no dia 23 e vai apresentar outro projeto que já tem há alguns anos [com Pedro Pires] mas que vai ser agora relançado”, diz Inês. “A apresentação pública dessa nova faceta dos Solid Dogma vai ser feita no OFFF e vai acontecer no dia 24”, nota. “Vai ser a primeira vez que esse projeto fala em público, explicando o que são e o que fazem”, realça.

Dos três workshops incluídos no programa, um deles é exclusivamente da organização do festival. “O workshop assumidamente nosso é com o estúdio Vallée Duhamel”, revela. “Esse workshop em particular vai ser um muito experimental onde se vai explorar novas técnicas de criação, texturas, dimensões”. Será muito prático, segundo a própria, “muito mãos na massa”. Com um mini-projeto nesse workshop, o mesmo será “menos digital e mais de conceito e trabalho colaborativo”. Os outros workshops oferecidos incluem um de  UX – User Centered Design, vocacionado a um público “mais técnico”, onde quem participa poderá, por exemplo, “desenhar para uma aplicação telemóvel”. O último tem como nome Digital Creativity, onde será explorado o conceito de erro como objeto criativo. Este será oferecido pela This Is Pacifica.

Para acabar com o festival, haverá uma festa oficial a decorrer no Maus Hábitos, que terá um custo de entrada de cinco euros. A editora alemã Kompakt Records é quem se irá encarregar da festa, ao enviar dois dos seus artistas: Matias Aguayo e COMA.

Em 2015, o OFFF Festival celebra o seu 15.º aniversário. Fundado em Barcelona por Hector Ayuso, o festival tem tido uma presença anual naquela cidade e alargou-se ao resto do mundo através da iniciativa OFFF Tour. Passou por cidades como Nova Iorque, Paris ou Istambul, e só este ano já esteve no México, em Moscovo e na cidade de Cincinnatti. Agora chegou a vez do Porto. O festival já tinha passado por Portugal em 2008 e 2009, em Lisboa e Oeiras, respetivamente. Na Invicta, ocupará o Cinema Batalha nos próximos dias 23 e 24 de outubro.