É já no próximo dia 21 de outubro que o gigante da indústria de streaming vai iniciar o seu serviço em Portugal. No âmbito do seu processo de expansão pela Europa, o nosso país, simultaneamente com Espanha e Itália, junta-se assim aos muitos outros países europeus que já possuem o serviço. Assim, o mesmo passa a ter presença vincada em toda a Europa Ocidental.

A oferta do Netflix conta com um leque enorme de filmes e séries, disponíveis para visualização através da internet de forma legal. Foi assim que o serviço se iniciou, nos Estados Unidos da América, tendo-se depois progressivamente expandido pelo continente americano, asiático e europeu. Em Portugal, esses conteúdos estarão disponíveis de imediato já legendados ou traduzidos.

Serviços e Preços

Com a sua entrada em Portugal, a Netflix irá disponibilizar três variantes diferentes do serviço. As diferenças dizem respeito à quantidade de ecrãs em que o serviço estará disponível e à qualidade de imagem. O acesso ao catálogo não será prejudicado por possuir uma variante mais barata, mantendo-se o leque igual em todas.

A opção de “base” disponibilizará o acesso às séries em versão SD para apenas um ecrã e terá um custo de 7,99 euros por mês. A opção dita “standard” irá custar 9,99 euros por mês e irá providenciar ao utilizador a possibilidade de assistir em dois ecrãs diferentes além de oferecer a imagem em alta definição. Por fim, o serviço mais dispendioso, com um custo de 11,99 euros por mês, oferece o serviço em quatro ecrãs diferentes e com a qualidade única de Ultra HD 4K.

Estes preços são iguais aos restantes países onde o serviço já se encontra instalado. O primeiro mês será gratuito aos novos utilizadores. Para além de poder efetuar a subscrição ao serviço pela Internet, também estarão disponíveis cartões de oferta na FNAC, Worten, Media Markt e Auchan, que podem ser utilizados para pagar as mensalidades.

O serviço poderá ser cancelado em qualquer altura.

Por volta de 2012, o serviço começou a produzir os seus próprios conteúdos, com a série “House of Cards”, que obteve sucesso fenomenal tanto para o público como na crítica. Desde então, são várias as investidas que o Netflix deu na área da ficção, tanto em séries como em filmes. Muitas dessas peças irão estar disponíveis aquando do lançamento do serviço. Entre elas, destacam-se os originais “Narcos”, que retrata a vida do barão da droga Pablo Escobar, uma adaptação de “Demolidor” da Marvel, ou ainda “Sense8”, uma série onde oito pessoas de partes diferentes do mundo são ligadas entre si pelo pensamento. Estes são apenas exemplos do vasto catálogo disponibilizado desde a estreia. Além dessas séries originais, também estará presente o primeiro filme inteiramente produzido pelo serviço, “Beasts of No Nation”, realizado pelo premiado Cary Joji Fukunaga, que retrata as difíceis condições de vida uma guerra civil de um país africano.

A Netflix já garantiu que irá disponibilizar todos os seus trabalhos originais a sair no futuro, tornando assim Portugal oficialmente como um membro da sua comunidade de pleno direito. Apesar disso, convém mencionar que duas das suas séries mais famosas, “Orange is the New Black” e a primeira de todas, “House of Cards”, não estarão disponíveis pois os seus direitos de transmissão em Portugal já foram adquiridos por outras entidades.

O serviço, que já conta com mais de 62 milhões de assinantes pelo mundo, irá estar disponível em smart TV’s, dispositivos móveis, computadores, várias consolas de jogos com acesso à Internet, assim como alguns descodificadores de TV, a Apple TV e o Chromecast.

Além da entrada do serviço, a Netflix também anunciou que irá abrir em Lisboa um centro de suporte das operações para Portugal, Espanha, Itália e França, no qual irá recrutar várias pessoas.

Esta entrada no mercado vem numa altura em que as empresas de televisão por cabo, já por antecipação, estão a tentar implementar os seus próprios serviços semelhantes, com disponibilização de vídeos on demand, filmes e séries. Mais, também será interessante observar de que forma a entrada do gigante influenciará em território nacional o chamado fenómeno do cutting the cord, que se tem desenvolvido primariamente nos Estados Unidos precisamente com a maior relevância do serviço. Consiste no corte por parte dos subscritores do Netflix dos seus pacotes de canais televisivos, por não passarem tanto tempo a ver a mesma. Esses utilizadores dão preferência a passar o seu tempo na Internet e conseguirem manter ainda assim acesso a filmes e séries através do serviço. Esse é um dos maiores receios dos grandes serviços de televisão.