Durante este fim de semana, de sexta-feira 27 de novembro até ao próximo domingo, dia 29 de novembro, haverá vários eventos espalhados pelo país sob a alçada internacional da Global Climate March – Marcha Mundial pelo Clima. A iniciativa está a organizar vários eventos de protesto sobre as alterações climatéricas pelo mundo fora e também se fará sentir na Invicta. De Braga a Faro, estes eventos pretendem sensibilizar as pessoas para as condições de deterioração do nosso planeta e das suas repercussões no nosso clima.

Cordas, Cartazes e Bandeiras

A organização pediu aos interessados em participarem para trazerem consigo bandeiras, cartazes e, sobretudo, cordas. Estas serão atadas entre si e servirão, além de segurarem os referidos cartazes e as bandeiras, para demonstrar um sentido de união entre os participantes, formando um “cordão humano” de uma única fila em movimento. Ao chegarem à Câmara do Porto, servirá para formar um coração humano.

Com início previsto às 15h no Largo do Terreiro, na Ribeira, a Marcha Global dos Cidadãos pelo Clima foi organizada, a nível local, pelo movimento de cidadãos Porto Pelo Ambiente. O JPN falou com Francisco Fonseca, um dos porta-voz desse movimento. Segundo o próprio, a marcha “é uma manifestação puramente civil que surge em solidariedade com milhares de outras marchas que vão acontecer no mesmo dia, pelo mesmo motivo”.

O evento será de participação gratuita e aberta a todos, que irá partir do Largo do Terreiro, na Ribeira. “Aí vamos montar a marcha, receber as pessoas com apoio da SKAD, que nos permitiu que a organizássemos aqui”, explicou Francisco. Daí, irão subir a rua do Infante, com passagem em frente ao Palácio da Bolsa incluída. “Depois subimos a rua das Flores e atravessamos a Avenida dos Aliados”, para terminar na Trindade. A marcha terá ainda paragem prevista no adro da Câmara do Porto. “Não vamos deixar de tirar uma fotografia na praça mais relevante da cidade, que é a praça da Liberdade”, revelou o porta-voz. Este trajeto, curto, é explicado pela organização como sendo uma forma de facilitar a participação de idosos e crianças.

Organizar uma marcha destas, na cidade do Porto, era, para Francisco a única coisa que fazia sentido. “O Porto não pode estar de fora de um tema tão importante”, revelou. Mais do que isso, para Francisco “as pessoas do Porto são, historicamente, pessoas que não são parecidas, que tomam partido e que são ativas”.

Na Invicta, onde Francisco espera conseguir juntar mais de 1000 pessoas, a marcha irá contar com a presença de várias organizações associadas à defesa da natureza da cidade, entre as quais a associação Campo Aberto e a Quercus. Na edição do ano passado, a marcha decorreu no Parque da Cidade e juntou cerca de 170 pessoas quando só tinham 30 inscritos. Foi também Francisco Fonseca quem a realizou, em resposta a um pedido aberto da Avaaz.

Este movimento global irá realizar-se em muitas das maiores cidades do mundo e contará com mais de 2000 eventos preparados para o efeito a decorrerem durante o fim de semana.