2015 é o Ano Internacional da Luz. Esta designação foi dada pela assembleia geral das Nações Unidas (AGNU) e a Universidade do Porto (UP) não vai deixar passar em branco este acontecimento. De modo a explorar a luz sob diversas perspetivas, a instituição alia-se ao Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) e vai deixar a luz entrar no edifício. A exposição Lux Mirabilis – em português Luz Maravilhosa – inaugura esta terça feira, dia 15 de dezembro, às 18h30.

Mas afinal, o que é a Luz? No ano em que também se celebra um século de existência da Teoria da Relatividade, nem o próprio Einstein soube responder à questão. “Cinquenta anos de pensamento não me trouxeram mais perto de responder à pergunta: o que é a Luz?”, disse o físico em 1955.

Como seria de esperar, o aspeto central da exposição será, portanto, a luz, investigada nos seus diversos moldes. Desde a luz na natureza, em minerais ou seres vivos, à luz artificial, com as suas implicações científicas e tecnológicas, ou ainda a luz como entidade, através de mitos, crenças e superstições serão aqui apresentadas. Ao todo são mais de 170 obras passíveis de serem contempladas em Soares dos Reis.

Entre as mesmas, será possível ver peças como o projetor de Emílio Biel, um dos precursores da fotografia em Portugal, uma réplica do microscópio de Leeuwenhoek que irá trazer de volta o período inicial da observação de bactérias, ou ainda o tubo de Lecher, utilizado para determinar o comprimento das ondas hertzianas através do estudo do fenómeno da fluorescência.

Lux Mirabilis será uma exposição construída com recursos da Universidade do Porto e dos seus parceiros. A instituição irá utilizar peças provenientes de vários dos seus museus, nomeadamente do Museu da Ciência, do Museu de História Natural do Porto, do Museu da Faculdade de Engenharia (FEUPmuseu) e do Fundo Antigo da Universidade do Porto (FA).

Além desses, a UP também poderá contar com o apoio de vários parceiros externos como a associação Atractor, o Museu do ISEP, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (MCUC) e obviamente o próprio Museu Nacional Soares dos Reis.

A resposta à pergunta de Einstein, para já, só poderá ser respondida da forma que Arthur Zajonc, do departamento de Física do Amherst College, fez. “Hoje estamos no mesmo estado de ignorância esclarecida em que estava Albert Einstein”, disse o académico em 2003, à revista científica Optics & Photonics News (OSA-OPN) da Optical Society of America.

A exposição irá decorrer no MNSR de forma gratuita a partir das 18h30 desta terça feira, dia 15 de dezembro, e irá aí estender-se até ao dia 27 de março de 2016.