O FC Porto apresentou, esta sexta-feira, o 20º treinador ao serviço do clube desde que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu a presidência em 1982. José Maria Pedroto foi o primeiro.

A estabilidade é um preceito caro da gestão do atual presidente do clube. No Dragão, cairam menos treinadores nos últimos 30 anos do que nos mais diretos rivais – o Sporting é o exemplo mais paradigmático: teve 17 treinadores desde que conquistou o campeonato em 2001/2002.

Mas no FC Porto, os treinadores também caem. Às vezes, com a época a decorrer. É mais raro, mas aconteceu por oito vezes, na maioria no mês de janeiro: com Tomislav Ivic, na sua segunda passagem pelo clube, com Octávio Machado, com Victor Fernández e, este ano, com Julen Lopetegui.

Paulo Fonseca foi o único a sair depois do mês de janeiro. Co Adriaanse e Delneri não chegaram a começar a época e Quinito saiu ainda o calendário ia em outubro.

O histórico diz-nos também que só por uma vez a mudança resultou na conquista do campeonato. Foi quando Jesualdo Ferreira assumiu o FC Porto que Co Adriaanse decidiu deixar em agosto de 2006 depois de ter sido campeão e ter ganho a taça ao serviço do FC Porto, mas a data pode dizer muito do sucesso. Afinal, ainda era pré-época.

Longe, muito longe, destes números andam clubes como o Manchester United. Nos últimos 30 anos teve apenas quatro técnicos. O responsável? Alex Ferguson, dono do banco dos “diabos vermelhos” ao longo de mais de 26 anos.

Ainda a nível europeu e nos antípodas desta tendência, encontramos o Real Madrid, sobretudo na era de Florentino Pérez: Zinedine Zidane, recentemente promovido a treinador principal da equipa, é o 11º treinador em 12 anos de liderança do presidente dos madridistas.