Rotulado como um dos festivais europeus a não perder pela Time Out London, o Alive tem o rock no coração desde 2007. Cinco anos mais tarde, os leitores da revista britânica NME classificaram o festival com dez pontos em outros tantos possíveis. Desde essa altura que tem recebido uma grande notoriedade, sendo frequentado todos os anos por milhares de estrangeiros devido à programação musical, preço e atrações turísticas nas proximidades do recinto, no Passeio Marítimo de Algés.

O que ouvir?

O NOS Alive arranca dia 7 de julho. Os The Chemical Brothers são os cabeça de cartaz e estão encarregues do encerramento. O duo britânico deve apresentar “Born in the Echoes”, o novo álbum de longa duração editado em julho. Com várias distinções recebidas durante a carreira, o grupo está de novo nomeado para a categoria “Best Electronic/Dance Album”, na 58ª edição dos Grammy Awards.

Os Pixies também entram em ação no dia de abertura do festival. A banda de Frank Black regressa a Portugal, dois anos depois da passagem pelo Primavera Sound. Com três décadas de existência, o grupo sobe ao Palco NOS para tocar temas de sucesso como “Debaser”, “Hey”, “Here Comes Your Man” e “Where is my mind”.

Robert Plant and The Sensational Space Shifters aparece também nesse dia. Vocalista dos Led Zeppelin, apresenta dez álbuns de estúdio editados – três dos quais com a colaboração de Jimmy Page. Tendo já colaborado com artistas reconhecidos do panorama musical, Plant vai subir ao Palco NOS com a sua banda.

Também o grupo de Matthew Healey (vocalista e guitarrista), Adam Hann (guitarrista), Ross MacDonald (baixista) e George Daniel (baterista) apresenta o novo álbum, “I Like It When You Sleep For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It”. Os The 1975 prometem muita animação para todos os fãs.

Aos The Chemical Brothers, Pixies, Robert Plant e The 1975, vão juntar-se os Biffy Clyro cujo novo álbum está prestes a estrear-se.

Os Wolf Alice vão atuar pela primeira vez em Portugal. A banda londrina leva até ao Palco Heineken “My Love is Cool”, disco de estreia editado em junho. O quarteto é formado por Ellie Rowsell (voz e guitarra), Joff Oddie (guitarra e voz), Theo Ellis (baixo) e Joel Amey (bateria e voz).

Nno mesmo palco, John Grant apresenta “Grey Tickles, Black Pressure”, o seu terceiro álbum de originais. Editado em outubro, contou com a colaboração de Amanda Palmer, Budgie e Tracey Thorne.

Também no dia 7, atuam os Vintage Trouble. O quarteto norte-americano vem a Portugal apresentar o novo álbum “1 Hopful Rd.”, editado em agosto do ano passado. A eles juntam-se 2manydjs e Soulwax, que encerram o primeiro dia do palco Heineken.

No dia 8, os cabeças-de-cartaz são os Radiohead, que regressam a Portugal depois da presença em Algés há quatro anos. Com inúmeros discos vendidos, a banda de Thom Yorke e Ed O’Brien já recebeu várias distinções e integrou a lista “The Greatest Artists of All Time”, da revista Rolling Stone.

Ainda a 8 de julho, vão subir ao Palco NOS os Tame Impala. A banda formada por Kevin Parker, Cam Avery, Julien Barbagello, Dominic Simper e Jay Watson tem-se afirmado como uma das bandas mais reconhecidas da atualidade. Prova disso é o recente “Currents”, que nomeou o conjunto australiano para um Grammy, na categoria “Best Alternative Music Album”.

Seguem-se os Foals. O quinteto liderado por Yannis Philippakis conta com quatro álbuns de estúdio e deve apresentar “What Went Down”, editado em agosto. Sucessor de “Holy Fire”, foi produzido por James Ford e promete trazer novidades ao Passeio Marítimo de Algés.

A abertura do palco principal nesse dia cabe aos Years & Years. O trio composto por Olly Alexander (vocalista), Emre Turkmen (sintetizadores) e Mikey Goldsworthy (sintetizadores e baixo) deve apresentar “Communion”, álbum de estreia editado em julho. Recorde-se que a banda inglesa foi nomeada em 2015 para a categoria “British Artist of the Year”, dos BBC Music Awards.

No palco secundário, Carlão vai apresentar o seu novo álbum “Quarenta”. Os Two Door Cinema Club também vão marcar presença nesse dia para atuar no palco Heineken. A banda, formada por Alex Trimble, Sam Halliday e Kevin Baird, está a trabalhar no terceiro trabalho de originais, depois dos sucessos obtidos com “Tourist History” e “Beacon”. A eles juntam-se Jagwar Ma, Hot Chip, Courtney Barnett e Father John Misty.

Quanto a Hot Chip, o quinteto britânico, formado por Alexis Taylor, Joe Goddard, Felix Martin, Al Doyle e Owen Clarke, possui seis álbuns de estúdio. “Why Make Sense?” foi produzido em parceria com Mark Ralph e deve ser apresentado no certame português.

Joshua Tillman, conhecido pelo alter-ego Father John Misty, é um compositor norte-americano e deve dar a conhecer os dois discos assinados pelo seu mais recente projeto: “I Love You, Honeybear” e “Fear Fun”.

Courtney Barnett é australiana e desloca-se pela primeira vez a Portugal, para apresentar o álbum de estreia “Sometimes I Sit And Think, And Sometimes I Just Sit”. Recorde-se que está nomeada para a categoria “Best New Artist”, na 58ª edição dos Grammy Awards.

No último dia do Alive, o grande destaque do palco principal vai para Arcade Fire. Com origens em Montreal, o grupo é formado por Win Butler, Régine Chassagne, Richard Reed Parry, William Butler, Tim Kingsbury e Jeremy Gara. “Reflektor” foi anunciado em outubro de 2013 e estabelece-se como o quarto álbum de estúdio do grupo canadiano. Já estiveram quatro vezes em Portugal, amais popular das quais em 2005 quando passaram por Paredes de Coura.

Os M83 também estão de regresso e foram mesmo a primeira confirmação do Alive 2016. A dupla constituída por Nicholas Fromageau e Anthony Gonzalez prepara o sétimo disco de estúdio. De resto, o sucessor do aclamado “Hurry Up, We’re Dreamin” pode ser revelado dia 9 de julho no Palco NOS.

A banda norte-americana Band of Horses, responsável pelo sucesso “The Funeral”, sobe ao Palco NOS no último dia do festival e traz ao público a combinação de indie com rock alternativo.

Num ano em que gravam novo disco e têm agendados apenas cinco concertos em Espanha, os Vetusta Morla não esquecem os fãs portugueses e apresentam-se em Lisboa para a 10ª edição do NOS Alive.

AGIR fecha o palco principal e promete temas como “Leva-me a Sério”, “Como ela é bela” e “Ela parte-me o pescoço”.

Também os Calexico estão confirmados para apresentarem, a 9 de julho, o trabalho “Edge of the sun”. A banda norte-americana vem trazer ao palco secundário uma sonoridade musical que junta indie rock, americana e tex-mex.

O sueco José González atua também dia 9 de julho com “Vestiges & Claws”. Terceiro disco de originais, editado sete anos após o bem-sucedido “In Our Nature”, deve ser o principal ingrediente para o concerto realizado no Palco Heineken.

A ele vai juntar-se Claire Elise Boucher, mais conhecida pelo nome artístico, Grimes. É a primeira vez da cantora e compositora canadiana em solo nacional. Na bagagem, Grimes traz dois álbuns, um deles editado em 2015: “Art Angels”.

Os Paus são a outra formação já revelada no cartaz do último dia do Alive para o Palco Heineken. O quarteto composto por Fábio Jevelim, Hélio Morais, Joaquim Albergaria e Makoto Yagyu deve apresentar “Mitra”, cuja data de lançamento está agendada para 12 de fevereiro. Entretanto, os singles “Pela Boca” e “Mo People” já foram revelados e podem ser escutados pelos festivaleiros.

No dia 9, também a dupla electrónica nova-iorquina Ratatat vai subir ao palco Heineken. Mike Stroud e Evan Mast, conhecidos pelas produções originais e por uma poderosa presença em palco, contam já com cinco discos de estúdio, entre eles “Magnifique”, editado em julho.

Quanto custa?

Neste momento, o passe diário custa 56 euros e o passe geral fica por 119 euros. Ambos podem ser adquiridos nos locais habituais. O Alive dispõe de um vasto conjunto de características importantes, como uma grande e diversificada zona de restauração e acessos especiais para festivaleiros de mobilidade reduzida.

O alojamento é sempre um dos maiores entraves. Mas a organização facilitou a vida aos seus visitantes, com a comercialização de packs Hotel e packs Hostel para todos aqueles que quiserem pernoitar em zonas próximas ao Passeio Marítimo de Algés, sem necessidade de tenda. O pacote inclui estadia e o passe para o festival, com preços a partir de 424 euros e os 210€, respetivamente, sendo que a primeira opção inclui dois passes gerais e a segunda apenas um.

O que esperar?

Para além da música, o NOS Alive oferece mais experiências aos visitantes, patrocinadas pelas marcas que apoiam e financiam o festival. Os espaços da EDP, CTT e Wells são, regra geral, os mais procurados pelos festivaleiros. Oferecem a possibilidade de ganhar “merchandising” do festival através de concursos que incluem tirar fotografias artísticas com os amigos ou fazer penteados e maquilhagem fora da caixa.

O NOS Alive continua a ser um dos festivais de música mais populares e procurados na Europa, crescendo de ano para ano não só em apoios como em público presente no recinto. Em 2015 cerca de 156 mil pessoas passaram pelo Passeio Marítimo de Algés nos três dias de festival.

 

Artigo atualizado às 11h19 do dia 16 de fevereiro de 2016 com a inclusão da referência a Carlão, a mais recente confirmação do festival.

Artigo atualizado às 14h45 do dia 29 de fevereiro de 2016 com a inclusão da referência a Calexico e Biffy Clyro, as mais recentes confirmações do festival. 

Artigo atualizado às 13h30 do dia 16 de março de 2016 com a inclusão de mais uma confirmação. 

Artigo atualizado às 14h43 do dia 11 de abril de 2016 com a inclusão de mais uma confirmação. 

Textos, pesquisa e infografia: Alunos das turmas 3, 4 e 5 do 2º ano de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto
Edição: Filipa Silva