O nome de Paulo Ferrão foi, esta quinta-feira, aprovado, em Conselho de Ministros, para presidir à direção da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

O diretor nacional do programa MIT-Portugal assume, assim, o lugar até aqui ocupado pela investigadora Maria Arménia Carrondo, cuja direção estava demissionária desde dezembro.

A nomeação da equipa liderada por Paulo Ferrão, que vai integrar também os professores Miguel Castanho e Ana Sanchez, é o culminar de um processo aberto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), com vista à escolha de uma nova equipa e de uma nova política para a FCT com base na audição da comunidade científica.

Um processo que a tutela, liderada por Manuel Heitor, classifica como “inédito”.

“Iniciado em Dezembro de 2015, esse processo incluiu a auscultação de um vasto leque de membros e instituições da comunidade científica e do Ensino Superior, nomeadamente o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o Fórum dos Laboratórios de Estado, os Conselhos Científicos da FCT, representantes dos sindicatos, dos estudantes e dos investigadores”, refere o MCTES em comunicado.

Para o efeito, foi constituído um Grupo de Reflexão com o objetivo de “estimular a discussão pública” e refletir “sobre as orientações que devem presidir ao futuro próximo da FCT”, indica ainda o ministério.

Paulo Ferrão, professor catedrático do Instituto Superior Técnico, assume uma entidade que se tem visto envolta em forte polémica, nos últimos anos.

O processo de avaliação internacional das unidades científicas portuguesas e a estratégia de financiamento da FCT foram alguns dos aspetos mais criticados por vários agentes do sistema.