É já este domingo que se assinala o Dia Internacional do Guia-Intérprete, dedicado a todos os profissionais que acompanham turistas. No Porto, o dia vai ser celebrado com uma visita guiada, por profissionais da área, pelo Centro Histórico.

A iniciativa partiu do Sindicato Nacional da Atividade Turística, Tradutores e Intérpretes (SNATTI) e da Associação de Guias Intérpretes e Correios de Turismo e tem o apoio da Câmara Municipal do Porto (CMP). A visita é gratuita e aberta a todos os cidadãos e o ponto de encontro está marcado na Praça da Liberdade, às 10 horas.

Paulo Cosme não vai participar diretamente, mas está por trás da atividade uma vez que é secretário geral do SNATTI, além de presidente da delegação do sindicato no Porto.

Guia-intérprete há 25 anos, o que motivou Paulo para seguir a área de guia “foi o contacto com as pessoas e a paixão por Portugal”. Segundo o guia, o público é sempre diferente e isso entusiasma-o. Paulo reside no Porto, mas é guia-intérprete nacional. Tem 44 anos e já viu muitos rostos diferentes com gostos distintos: “O que os turistas mais procuram depende sempre dos mercados”. Apesar destas diferenças, Paulo acredita que “há coisas básicas”. A igreja de São Francisco, o Palácio da Bolsa, as caves de vinho do Porto e, “agora na moda”, a Livraria Lello e a Sé do Porto são o que o guia-intérprete considera “essencial ao nível de monumentos”.

Paulo Cosme acredita que os meios de comunicação e as aplicações móveis fazem com que o turista de hoje venha muito mais informado e já saiba aquilo que quer ver: “Ajuda bastante as pessoas a terem informação do que supostamente querem ver, vêm mais conhecedoras do destino”.

Apesar da evolução do turista no que diz respeito ao conhecimento do destino, o trabalho de guia-intérprete continua a crescer ao ritmo do Porto enquanto destino turístico. Segundo dados do Sindicato Nacional de Atividade Turística, Tradutores e Intérpretes, em cinco anos, o número de guias-intérpretes qualificados no ativo, na cidade do Porto, aumentou 30%, a uma média de 6% ao ano. O Porto conta, atualmente, com 65 guias-intérpretes.

 

Artigo editado por Filipa Silva