O culminar de quatro meses de trabalho foi apresentado, na quinta-feira, no edifício I3S. A Escola de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) levou mais de 20 projetos a contarem, em apenas 180 segundos, a essência do seu negócio.

Assim, o Pitch Day representa a reta final do programa promovido pelo UPTEC, onde variedade é característica. Hugo Sousa foi o responsável por animar a tarde e introduzir as “startups”. Ideias ainda a germinar, planos já iniciados, projetos em curso e também produtos no mercado. A sexta edição do evento contou com um pouco de tudo e foi a Noocity a vencedora.

A “startup” de ecologia urbana trabalha para oferecer alternativas aos cidadãos para que possam praticar agricultura nas cidades. O seu principal produto é uma “cama de cultivo com um sistema de auto-rega integrado” que já se encontra no mercado. Este projeto conquistou o júri do Pitch Day e, por isso, terá direito a “incubação em regime ‘cowork’ no UPTEC e acesso direto à ronda de investimento da Red Angels, com montantes até 50 mil euros”.

A Noocity não foi a única a ser premiada. Os projetos All in Surf, Iguaneye e QuantUX receberam menções honrosas. O QuantUX e o Zarco foram os projetos vencedores escolhidos pela Vodafone Power Lab e foram convidados para integrar este programa.

Miguel Albuquerque apresentou a “startup” All in Surf que faz parte, pela segunda vez, do programa de Escola de Startups. Para o designer gráfico repetir a experiência só prova de como realmente aquilo que “aprendeu e tem a ensinar” traz valias ao UPTEC.

Apesar de obrigatoriamente haver distinguidos, não há competição, mas acima de tudo, entreajuda. Se alguns dos empreendedores já têm muita experiência, outros ainda são estudantes universitários e este é o primeiro passo para o mundo dos negócios.

Débora Pereira é estudante de bioengenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e apresentou a “startup” Smart Gloves. O segredo para conciliar o estudo com o projeto é “ser organizado e disposto a despender tempo e ter um horário definido”. Quando os “workshops” da Escola de Startups coincidiam com as aulas, Débora e Filipa iam assistindo à vez. A equipa apostou na organização e na partilha de deveres.

21 projetos de “valor acrescentado”

Clara Gonçalves, diretora executiva do UPTEC  indica ao JPN que “este programa de aceleração de ‘startups’ ajuda projetos que eventualmente não teriam muito sucesso no mercado”. A mentora da Escola de Startups considera que o programa traz vantagens para o Porto que, como qualquer centro urbano, precisa de dinamizar a economia.

Os 21 projetos são de “valor acrescentado, baseados em conhecimentos, com gente altamente qualificada”, tanto que o júri concordou haver potencialidade em todos. Segundo a diretora um dos objetivos é que os empreendedores se fixem na região norte dinamizando-a.

Clara Gonçalves frisa que a Escola de Startups é para continuar “até chegar à Lua”. As inscrições para a nova edição começam em meados de março e o programa de três meses terá início em abril.

Artigo editado por Sara Gerivaz