O TORNADU deste ano já tem vencedores. Tal como nas três primeiras edições, foram estudantes da Universidade do Porto que obtiveram o título de campeões: André Rodrigues, da Faculdade de Direito (FDUP) e Guilherme Sousa, aluno da Faculdade de Economia (FEP).

O Torneio Nacional de Debates Universitários de 2016 voltou ao seu berço, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, casa da primeira edição do torneio. Este ano, o evento acolheu, este fim de semana, 110 estudantes de Ensino Superior, que debateram em quatro fases.

A atividade académica tem o mesmo modelo do debate parlamentar, mas abrange mais temas para além dos políticos.

O JPN falou com a anfitriã do evento, Irma de Magalhães, que enumera algumas vantagens em participar no torneio. “Tentamos fazer com que a Universidade do Porto seja sempre o ponto central do debate competitivo”, afirma Irma. Segundo a “convenor” do TORNADU 2016, alunos de Ensino Secundário também podem participar, mas “não podem passar para as fases finais da competição”.

Uma novidade na quinta edição do TORNADU foi a competição de Masters. Dirigida a um público mais experiente no debate competitivo, contou com vários adjudicadores do evento, isto é, “as pessoas que avaliam o que se passa no debate e decidem quais são as equipas que vão ganhar”. Irma de Magalhães diz que esta competição paralela é “uma oportunidade para os adjudicadores debaterem e reviverem os momentos áureos antigos”.

Nas várias fases do TORNADU, os estudantes são postos a par dos temas apenas 15 minutos antes do debate. “Os temas já estão escolhidos, mas só a equipa de adjudicação é que sabe e não diz a ninguém”, assegura Irma. A edição deste ano do torneio trouxe moções como “Esta Casa acredita que os países africanos devem priorizar o desenvolvimento económico à democracia” e “Esta Casa, enquanto refugiado, aceitaria trocar de vida com um cidadão europeu”, entre outras de cariz filosófico.

Irma de Magalhães acredita que “cada vez mais jovens vão ficando mais alerta para estas questões e vão vendo o debate como uma ferramenta útil”. Helena Gonçalves é estudante da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e participou pela primeira vez no TORNADU. “Não tinha qualquer conhecimento de como os debates se executavam, não fazia ideia de quais eram as competições existentes e decidi que era uma boa hipótese começar agora”, afirma Helena. A aluna acredita que o estudante deve participar neste tipo de iniciativas para ir além do que aprende na sala de aula.

Também Miguel Ramos, de 26 anos, participou pela primeira vez no TORNADU: “Já entrei no mundo do debate competitivo em setembro, participei em alguns torneios em Lisboa e não quis perder a oportunidade de experimentar à escala nacional”. O aluno da Universidade de Lisboa queria chegar à fase final, mas só “a experiência e o calo que se ganham são uma coisa espetacular”. “Não há razão para não participar”, conclui o estudante.

O TORNADU é organizado pela Sociedade de Debates da Universidade do Porto (SdDUP) e tem o apoio do Conselho Nacional de Debates Universitários.

 

Artigo editado por Filipa Silva