A noite desta quinta-feira era de “tudo ou nada” para o FC Porto, que chegou à segunda-mão dos 16-avos-de-final com a necessidade de marcar três golos e não sofrer nenhum para seguir em frente na Liga Europa.

José Peseiro foi obrigado a fazer alterações no 11 face à lesão de Bruno Martins Indi. O treinador dos “dragões” repetiu a experiência de Dortmund e apostou em Miguel Layún no centro da defesa. Do meio campo para a frente não eram esperadas tantas mudanças: André André e Hector Herrera deram lugar a Rúben Neves e Evandro; na frente do ataque portista, Aboubakar teve a companhia de Marega e Varela. Brahimi e Corona ficaram no banco.

Para manter vivo o sonho de passar à próxima fase, o FC Porto tinha de evitar sofrer golos a todo o custo. Contudo, na primeira vez que foram à baliza portista, os alemães marcaram. Reus rematou para uma enorme defesa de Casillas e, na recarga, beneficiando de posição irregular, Pierre-Emerick Aubameyang encostou para o golo solitário da noite. Se o FC Porto precisava de uma noite perfeita, após o golo alemão só mesmo uma reviravolta histórica colocaria o clube português na ronda seguinte da competição.

Apenas a espaços o FC Porto chegou com perigo à baliza de Roman Bürki. Em cima do intervalo, aconteceram as melhores oportunidades dos “dragões” na primeira parte: uma arrancada de Evandro que terminou com um remate a rasar o poste e um cabeceamento de Varela que obrigou o guarda-redes alemão à defesa mais complicada da noite.

Os portistas regressaram com outra atitude para a segunda parte e Aboubakar teve nos pés – melhor dizendo, no calcanhar – a oportunidade que poderia permitir à equipa sonhar. Já com Brahimi e Suk em campo, o sul-coreano tentou, de ângulo reduzido, fazer o tento de honra da equipa portuguesa.

Pelo meio, o Borussia teve mais dois golos invalidados por fora de jogo, e atirou uma bola ao poste pelo arménio Mkhitaryan, enquanto Brahimi teve a derradeira oportunidade para empatar a partida, mas o remate acabou por esbarrar no travessão da baliza alemã.

Os dragões não foram capazes de superar a desvantagem trazida da Alemanha, mesmo contra um Borussia em regime de poupança para o jogo do próximo fim de semana. A primeira vitória do Borussia em solo português dita o afastamento dos azuis e brancos da segunda prova de clubes mais importante da Europa.

Tüchel e Peseiro em desacordo quanto à justiça do resultado

O treinador do Borussia Dortmund foi o primeiro a chegar à sala de imprensa, no Estádio do Dragão. Para o treinador da equipa alemã a vitória foi merecida.

Pelo contrário, José Peseiro reconhece a superioridade do conjunto alemão, mas acredita que a sua equipa merecia pelo menos o empate. O técnico portista elogiou a atitude dos seus jogadores e considerou que “a exibição foi melhor do que o resultado”.

Questionado sobre as várias alterações no 11 inicial, o treinador do Futebol Clube do Porto garante que não poupou jogadores a pensar no jogo do próximo domingo, contra o Belenenses, e demonstrou confiança em todos os jogadores que tem à sua disposição.

Braga é a única equipa portuguesa nos oitavos

Com a eliminação do FC Porto e do Sporting – derrota por 3-1 em Leverkusen, 4-1 no conjunto da eliminatória – resta o SC Braga no capítulo das equipas portuguesas em prova. Os “guerreiros” do Minho, finalistas da prova em 2011, seguem em frente na companhia de mais 15 equipas. Entre elas está o Sevilha, vencedor das últimas duas edições da prova.

Anderlecht, Atlético de Bilbau, Basel, Borussia Dortmund, Fenerbahce, Lazio, Leverkusen, Liverpool, Manchester United, Shaktar Donetsk, Sparta Praga, Tottenham, Valência e Villareal completam o lote de equipas que esta sexta-feira vão participar no sorteio dos oitavos de final em Nyon, na Suíça.

 

Artigo editado por Filipa Silva