A manhã foi agitada para os que participaram na mostra de voluntariado da Universidade do Porto (UP). Às 10 horas, algumas associações ainda se instalavam nos cantos da tenda que ocupou a praça Gomes Teixeira, junto à Reitoria. Panfletos, cartazes, livros e brinquedos foram os materiais mais presentes no espaço.

A mostra contou com mais de 20 organizações de solidariedade associadas à Universidade do Porto e não só. Sob o lema “Ajude quem mais necessita”, as associações divulgaram o seu trabalho aos interessados em ajudar o próximo. A Comissão de Voluntariado da UP organizou também uma recolha de roupas, alimentos, livros, brinquedos, produtos para animais e produtos de higiene que vão ter como beneficiários o Banco Alimentar Contra a Fome do Porto e outras associações participantes. A recolha foi dirigida por voluntários no edifício da Reitoria, junto à tenda.

Além de organizações ligadas à UP, associações como a “Free Hugs – Abraços Grátis” estiveram presentes na mostra de voluntariado. Diogo Rodrigues, mentor do projeto explicou ao JPN que o importante é passar a palavra: “É uma excelente oportunidade de virmos ao Porto espalhar a nossa mensagem e divulgar o que fazemos”. O voluntário acredita que a iniciativa da Universidade do Porto é benéfica para todos os que por ela passam.

Também o Banco Alimentar Contra a Fome do Porto marcou presença no evento. “O voluntariado hoje tem mais força do que nunca”, afirmou António Júlio, voluntário da instituição. António Júlio defende que a “filosofia do ser voluntário” mudou muito e que “exige muita responsabilidade e muita entrega”.

A Associação de Voluntariado Universitário (VO.U.) apostou numa banca chamativa. Em representação do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, três voluntários puseram mãos à obra para convencer mais alguns a ajudar nas coleções, na preservação e na conservação do museu. Simão Mateus, voluntário afirmou que a mostra de voluntariado organizada e promovida pela UP é vantajosa quer para as pessoas quer para as organizações que nela participam.

Visitantes de todas as idades pisaram o chão da tenda da mostra de voluntariado. Catarina Costa é estudante na Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP) e acredita que eventos como este são “importantes para a sociedade” e oferecem apoios a quem tem “necessidades bastante diferenciadas”.

Maria Isabel Magalhães também se sentiu em casa durante o evento. “Há muito que fazer em todo o lado”, explicou a ex-voluntária. Maria defende que é essencial “sensibilizar as pessoas” para este tipo de eventos e que o voluntariado traz sempre vantagens para ambas as partes: para quem dá e para quem recebe.

Quem também passou pela tenda de associações de solidariedade foi o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, acompanhado de Manuel Pizarro, vereador da Câmara Municipal do Porto (CMP). Em declarações ao JPN, o reitor da UP afirmou que o “voluntariado é de importância máxima” para a Universidade do Porto, para os estudantes e para a própria cidade.

Manuel Pizarro acredita que o contributo que os voluntários dão diariamente “desenvolve mais as pessoas enquanto cidadãos e também faz da formação universitária uma formação integral que vai para além da componente científica e humanística da formação académica”. O vereador da Habitação e Ação Social da CMP afirmou que fazer voluntariado contribui para uma melhor formação de cidadania.

Segundo dados apurados pelo JPN, atualmente, estão associadas à Universidade do Porto 21 organizações de solidariedade e são cerca de 2500 os estudantes da UP “envolvidos em ações de voluntariado acreditadas pela universidade”.

 

Artigo editado por Sara Gerivaz