A primeira sessão de Foco Voyeur no Porto estreia com o coreográfo francês, François Chaignaud, que apresenta um espetáculo intitulado “Dumy Moyi”, que remete a um ambiente dos cabarés exóticos dos anos 20. O “Voyeur” inaugura com “Dumy Moyi” e sugere um ambiente de proximidade e intimidade com o público, no Porto.

São apresentados ainda vários espetáculos, a exibição de três filmes, dois workshops e um encontro entre os artistas e o  público.

A coreográfa e bailarina filipina Eisa Jocson, estreia em Portugal, com dois espectáculos no Rivoli, retratando a diferença de géneros, por um lado, uma mulher que dança no varão em “Death of the Pole Dancer” e, por outro, apresenta movimentos do corpo numa versão masculina em “Macho Dancer”.

No sábado de manhã, realiza-se um encontro chamado “Voyeur Espectador”, no Auditório Isabel Alves Costa. Gabriela Moita, sexóloga e ativista na área do género, em particular nos estudos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais), vai moderar um debate em torno do voyeurismo, que contará com a participação da artista Eisa Jocson e de Óscar Felgueiras, proprietário de uma sex shop, no Porto.

O programa conta ainda com uma sessão de cinema, onde vão ser exibidos três filmes, curtas-metragens, de Stephen Dwoskin, realizador norte-americano que se destacou em Londres e se tornou um ícone no cinema underground nova-iorquino. A sessão será apresentada por David Pinho Barros, programador, docente e investigador nas áreas do cinema e da banda desenhada, no sábado, 12 de março, às 14,30 horas, no Auditório Isabel Alves Costa do Teatro Rivoli.

Eisa Jocson em “Death of the Pole Dancer” e “Macho Dance”

“Death of the Pole Dancer” é um espetáculo que convoca o público a refletir sobre aquilo que vê, no momento: uma mulher em movimento contínuo, durante um ato de pole dance.

Sobre o “Macho dancing”, protagonizado por homens, para a distração de quem é apreciador da dança, é considerada uma dança popular de entretenimento noturno nas Filipinas. Eisa Jocson, interpreta esta dança, usando-a para chamar a atenção para as questões da sexualidade e de género como ferramentas de mobilização social.

 

Artigo editado por Filipa Silva