O cenário de forte abrandamento económico da China está no topo da lista dos maiores riscos que o globo enfrenta, de acordo com a The Economist Intelligence Unit (EIU), uma divisão da revista britânica dedicada à análise de dados. A possibilidade representa um risco de grau 20, numa escala em que 25 é o grau máximo.
Em sexto lugar da lista do ranking, atualizado mensalmente, surge a potencial conquista de Donald Trump nas presidenciais americanas que decorrem este ano. De acordo com a lista, a eleição do republicano levaria a uma rutura na economia mundial, ao caos político e ao aumento dos riscos de segurança nos Estados Unidos da América (EUA).
A unidade da revista britânica prevê, ainda, no cenário de eleição de Trump, uma possível guerra comercial, uma quebra nas trocas com o México e uma maior facilidade na recruta de terroristas no Médio Oriente.
A campanha do candidato é caracterizada por uma grande hostilidade decorrente de ideais anti-imigração e anti-muçulmanos, entre outros. Em campanha, Trump afirma defender a invasão da Síria para acabar com o Estado Islâmico e para apropriar-se do petróleo. O republicano promete, ainda, construir um muro na fronteira que liga os EUA ao México.
Até ao momento, a The Economist nunca havia considerado um candidato às presidenciais como uma possível ameaça de nível mundial.
Donald Trump está a ganhar cada vez mais terreno nas primárias do Partido Republicano e poderá entrar na corrida final para presidente dos EUA.
Na lista “Top 10 global risks”, além do abrandamento económico da China e de uma possível chegada de Donald Trump à Casa Branca, são ainda considerados de risco intervenções russas na Ucrânia e na Síria, que poderão conduzir a uma nova “Guerra Fria”.
A possível saída do Reino Unido da União Europeia também está incluída na lista, visto que a Inglaterra é a quinta maior economia mundial, o que poderá trazer diversas dificuldades para os exportadores na regulação das tarifas.
Artigo editado por Filipa Silva