Chegou ao fim mais uma edição de um dos eventos mais importantes no que diz respeito à divulgação da moda portuguesa. O último dia de desfiles foi marcado pela estreia de Ana Sousa e pelo regresso de Alexandra Moura à passerelle da Alfândega do Porto.
Com a marca espalhada por vários países, Ana Sousa apresentou pela primeira vez na “passerelle” do Portugal Fashion. Ao Porto, levou a coleção “Timeless”. Marcada pelo feminismo e romantismo, a mais recente coleção da estilista é marcada pelas silhuetas soltas e leves, estampados florais, transparências e sobreposições. “Timelesse” destaca-se pelos pormenores que remetem para o clássico luxuoso com um vislumbre de opulência.
Para além desta estreia, a edição deste ano contou ainda com o regress0 da estilista Alexandra Moura que apresentou a coleção “WoMan”. As propostas da criadora revelam uma reflexão sobre o impacto do feminino no masculino e vice-versa. Alexandra Moura desconstrói a silhueta clássica e torna-a contemporânea.
O terceiro e último dia do evento contou com o já tradicional desfile dedicado às marcas de calçado português. JJ Heitor, Ambitious, Fly London, Nobrand, J. Reinaldo e DKode foram as marcas que marcaram presença num desfile que provou que o calçado português é uma indústria sexy.
As novas linhas de pronto-a-vestir da Mad Dragon Seeker, Concreto e Cheyenne também foram dadas a conhecer nestes terceiro e último dia na cidade Invicta.
No dia da despedida, o espaço Bloom contou com três jovens criadores que apresentaram as suas propostas para a estação fria. Eduardo Amorim foi o primeiro a pisar a “passrelle”, seguindo-se K L A R e Pedro Neto.
Os três últimos desfiles da noite ficaram a cargo das marcas Dielmar, Lion Of Porches e Vicri.
Inspirado num dos filmes considerado entre os mais elegantes de todos os tempos, “Três dias de Condor”, a coleção da Dielmar apresenta peças clássicas e versáteis.
Com a coleção “Urban British Rock”, Lion of Porches mostra uma coleção que se destaca pelas peças ousadas e glamorosas.
Com o encerramento da 38ª edição do evento a cargo, Vicri apresenta “Remembering Bohemian Times”, uma coleção mais sóbria e com silhuetas mais formais.
Luís Buchinho
Luís Buchinho foi o primeiro e único criador a apresentar a sua coleção no Museu do Carro Elétrico. “ The Missing Piece” é o nome atribuído à coleção inspirada em peças de puzzel a três dimensões. Silhuetas simples e elegantes que se juntam em lãs, jerseys e couro criam um efeito bidimensional e gráfico. Preto, azul marinho, cinza a pender para o verde são as propostas do criador para o outono/inverno 2016.
Nuno Baltazar
Num ambiente circense, Nuno Baltazar apresentou “Circus”, uma coleção com espírito corrosivo explorado através múltiplas silhuetas, comprimentos, texturas e cores. “Looks” austeros coexistem com propostas provocadoras e com humor. As cores oscilam entre o preto, grafite, marfim, musgo, mostarda e vermelho sangue. Com espírito retro, Nuno Baltazar não põe de parte as peças fluidas com detalhes “couture”.
Katy Xiomara
“Neo Expeditioners” é a coleção de Katy Xiomara que privilegia os novos nómadas urbanos. Cores e texturas brincam com proporções e volumes. A criadora utilizou três cores bases que fazem lembrar as esferográficas clássicas: preto, azul e vermelho. Franjas, escapulários contrastantes e biqueiras nas golas são alguns dos pormenores que fazem da nova coleção da estilista uma das mais alternativas do último dia do evento.
Com 21 desfiles de coleções de criadores, 10 de coordenado de jovens designers e 6 de marcas de vestuário e calçado, este foi um dos calendários mais preenchidos de sempre do Portugal Fashion.