No próximo sábado é celebrado o Dia Nacional dos Centros Históricos. A Universidade do Porto, como uma parte importante da história da Invicta, não vai ficar de fora das comemorações. O contributo que a UP deu ao centro histórico foi “fundamental, porque uma parte considerável do edificado foi, no fundo feito, a partir de projetos de gente que saiu da Universidade do Porto”, afirma Susana Pacheco Barros, licenciada em História de Arte, ao JPN.

A partir das 10h, Susana Pacheco Barros vai contar histórias e memórias do edifício histórico da reitoria da Universidade do Porto e do exterior envolvente, nas quais os protagonistas são figuras ligadas à História da UP.

As escadarias à entrada do edifício são a primeira paragem, com a exposição das telas de Veloso Salgado. Com 20 anos, foi admitido na École des Beaux-Arts e expôs o seu trabalho no Salon de Paris, no Grémio Artístico, na Exposição de Arte de Munique e na Exposição Universal de Antuérpia. Durante o seu percurso, reuniu uma coleção de prémios e foi eleito Académico de Mérito da Academia de Belas Artes de Lisboa.

A visita segue para o Salão Nobre e a Sala do Conselho na reitoria, onde vão estar expostas as obras de Agostinho Salgado, Carlos Carneiro e Júlio Resende. “No interior do edifico, vão se referir os quadros do Salão Nobre, que representam figuras ilustres da história da universidade, nomeadamente da Academia Politécnica da Faculdade de Ciências e da própria UP. Depois, na Sala do Conselho, vamos ver os retratos dos antigos reitores, que foram praticamente todos eles produzidos por antigos alunos da UP”, explica Susana Pacheco Barros ao JPN.

Do interior da reitoria, a visita segue para os edifícios e arte pública envolvente, por onde se vai passar e “falar de obras emblemáticas da cidade do Porto” realizadas também por antigos estudantes.

A primeira paragem exterior é do outro lado da Praça Gomes Teixeira. A fachada dos Armazéns Cunha, enaltecida por um pavão no topo, é a obra de Manuel Marques, arquiteto e professor formado em Belas Artes no Porto.

A obra que já foi considerada a mais bonita do mundo e serviu de inspiração para J. K. Rowling em “Harry Potter” é outra paragem obrigatória. Francisco Xavier Esteves estudou Engenharia na Academia do Porto e mais tarde foi o cérebro por trás das prateleiras neogóticas e da escadaria vermelha em espiral que compõem a Livraria Lello, antes chamada Livraria Chardon.

A visita guiada traz jardins, esculturas e outros espaços públicos para ver. “No Jardim da Cordoaria, vamos ver algumas esculturas feitas por antigos alunos, como por exemplo Teixeira Lopes, que fez a flora que está no centro do jardim”, acrescenta Susana Barros.

O Dia Nacional dos Centros Históricos é formalmente celebrado a 28 de março e comemorado este ano, excecionalmente, a 2 de abril. As inscrições para a visita guiada promovida pela UP são gratuitas, mas obrigatórias e podem ser feitas aqui.

 

Artigo editado por Sara Gerivaz