O projeto BEACONING, que significa “derrubar barreiras educativas através de uma aprendizagem contextualizada, pervasiva e com base em jogos”, tem como premissa ensinar os jovens com recurso a jogos pedagógicos que possam ser usados nas salas de aula.

O projeto, avaliado em 5,9 milhões de euros, conta com o apoio de 15 organizações de nove países, sendo o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) o único parceiro português. O instituto agrupa vários docentes da Universidade do Porto (UP), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Universidade Aberta (UAb).

O projeto, que conseguiu financiamento através do plano Horizonte 2020 da Comissão Europeia, pretende afirmar-se como um complemento educativo acessível a todos os alunos e professores. António Coelho, investigador do INESC TEC diz que “a ideia é que todos os estudantes, quer tenham algum tipo de necessidade especial ou não, possam usar este jogo e aprender com ele”.

Segundo o investigador, a facilidade na criação dos jogos é um dos trunfos da plataforma. “A ideia é que o professor, com os conhecimentos que tem da matéria, possa gerar esses jogos de forma automática e que estes sejam adaptativos ao local onde são jogados”, explicou ao JPN.

No decorrer do próximo ano, a plataforma vai ser testada em grande escala na Grécia, Turquia, França, Israel e Roménia. Para Portugal, bem como para outros países europeus, estão planeados alguns testes-piloto em menor escala. No entanto, as escolas que vão receber o projeto ainda estão por designar. Para António Coelho, a integração da plataforma nas escolas será fácil, uma vez que “este sistema se pode integrar nos sistemas de gestão de aprendizagem que já existem nas escolas”.

O projeto BEACONING arrancou em janeiro e terá uma duração de três anos. A coordenação entre as organizações envolvidas está a cargo da Coventry University, do Reino Unido.

 

Artigo editado por Filipa Silva