Começa, esta sexta-feira, a 17ª edição do Coachella Valley Music and Arts Festival. Globalmente conhecido como Coachella, o festival de música e artes vai decorrer até domingo e recomeça no próximo fim-de-semana, de 22 a 24 de abril. São seis dias e noites de espectáculos performativos e, a partir deste ano, de realidade virtual.

Quando forem 19 horas em Portugal Continental, menos oito no horário do pacífico, abrem as portas do Empire Polo Club, no sul da Califórnia. Na localidade de Indio, a cerca de 200 quilómetros de Los Angeles, vão atuar nomes como Guns N’ Roses, Calvin Harris, LCD Soundsystem, Ellie Goulding, Major Lazer, Disclosure, A$ap Rocky, entre muitos outros.

Os passes gerais para cada fim-de-semana do festival estão esgotados. A famosa pulseira do Coachella, que tantos colecionadores atrai, funciona como bilhete para três dias e custa, no mínimo, 399 dólares – cerca de 353 euros. As entradas VIP, também elas, já esgotaram. Os seus preços começavam nos 899 dólares, por fim de semana.

No ano passado foram batidos recordes de espectadores no deserto do Colorado. Só em bilheteira, a organização arrecadou mais de 84 milhões de dólares. Todos os dias, 99 mil pessoas encheram a capacidade do recinto para ver Drake, AC/DC e The Weeknd, por exemplo.

Este ano, os festivaleiros que adquiriram ingressos para o Coachella, receberam ainda um dispositivo de realidade virtual. Cada detentor de pulseira teve direito a uns óculos personalizados Google Cardboard que, juntamente com uma aplicação para “smartphones”, permite assistir aos concertos em 360 graus a partir de locais inéditos. Além disso, a aplicação móvel fornece ainda imagens dos bastidores, visitas guiadas, e panorâmicas de edições anteriores.

O Coachella é “um festival que serve de referência e um espectáculo que acaba por ser um definidor de tendências”, comenta ao JPN o diretor do Meo Marés Vivas, Jorge Lopes. Tendências essas que, segundo o próprio, “vão ter repercussões em Portugal no verão”.

Jorge Lopes considerou “muito interessante”a implementação da realidade virtual no festival norte-americano, e frisou o que é, para si, um festival: “São momentos, musicais e de diversão”. “Todos os acontecimentos lúdicos que conseguirmos criar para o nosso público são muito importantes para nós”, acrescentou.

No passado, conta-nos o diretor, o Marés Vivas já teve “pequenas demonstrações, por parte de alguns parceiros, desse tipo de tecnologias”. Na sua opinião, é necessário “que as ideias vão surgindo e que sejam concretizadas”. Quanto à recetividade do público a novas experiências, Jorge Lopes garante: “O nosso público é um dos mais exigentes do mundo. Tudo o que for inovação, de forma bem feita, torna a adoção destas ferramentas muito cativante”.

Para o futuro, o Marés Vivas tem diversas inovações “em fase de projeto”, mas ainda não é possível garantir a implementação de todas num primeiro ano. No entanto, Jorge Lopes assegura: “sugirão, certamente, algumas surpresas já este ano”.

 

Artigo editado por Filipa Silva