A Serenata Académica do Orfeão Universitário do Porto (OUP) vai ser realizada no próximo sábado, pelas 21h30, na Sé do Porto. Esta vai ser a quarta edição da serenata do Grupo de Fado, que não está inserida nas comemorações oficiais da Queima das Fitas.

O terreiro da Sé Catedral vai servir de palco pelo terceiro ano consecutivo, após a edição inaugural – e de celebração do centenário do Orfeão – “ter acontecido na Praça Gomes Teixeira”, informa ao JPN Tiago Vasconcelos, Presidente do OUP.

A Serenata Académica vai contar com a participação de 15 a 20 elementos, entre antigos e atuais membros do Grupo de Fado Académico, já que o objetivo principal é “proporcionar a serenata do Orfeão aos finalistas [do Orfeão]”, revela o presidente do grupo. O evento vai seguir o modelo tradicional, sem sistema de som, e Tiago Vasconcelos, espera “juntar mais do que as 180 a 200 pessoas” que assistiram à serenata do ano passado.

Aos interessados, é recomendado chegar por volta das 21h00, para que às 21h30 “em ponto” a serenata académica possa começar com toda a solenidade exigida.

Orfeão quer “resolver os problemas do passado”

Em 2012, a Queima das Fitas do Porto abriu com polémica. Na Monumental Serenata, evento que inaugura cada edição da festa dos estudantes na cidade, ocorreram desacatos. O incidente envolveu o Orfeão da Universidade do Porto e o Magnum Consilium Veteranorum, ou Conselho de Veteranos (CV) da Academia do Porto.

As duas organizações cortaram relações e o Orfeão da Universidade do Porto deixou de “abrir” a Monumental Serenata, bem como outros eventos da vida académica da cidade, como o Encontro de Coros Académicos do Porto (ECAP), o Cortejo e o Festival Ibérico de Tunas Académicas (FITA). Paralelamente, mas “sem intenções de competir quanto ao modelo”, o Orfeão tem vindo a realizar uma Serenata Académica própria.

Apesar de não poder divulgar qualquer desenvolvimento efetivo, Tiago Vasconcelos da OUP revela: “Estamos a tentar fazer com que o Orfeão volte a participar ativamente nos eventos de sempre. Queremos uma nova proximidade, tentar falar e resolver os problemas do passado”. O dirigente confirmou que têm existido conversações entre o Orfeão e a FAP no sentido de “trilhar novos caminhos para que se possam retomar as tradições”.

O JPN contactou a FAP para abordar o assunto, no entanto, a atual direção – cujos membros não estavam em funções em 2012 – decidiu não comentar o tema, por não estar diretamente envolvida na questão e por respeito às atividades realizadas por outras organizações da Academia. O contacto com o Conselho de Veteranos não foi possível em tempo útil.

Artigo editado por Sara Gerivaz