“Porto Biomedical Journal” (PBJ) é o nome da nova revista científica, idealizada por estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Apesar de ter já a sua primeira edição impressa publicada, o lançamento oficial da PBJ foi esta sexta-feira, na aula magna da FMUP.

Nascida de uma colaboração entre a FMUP e o Centro Hospitalar de S. João, a PBJ é uma revista médico-científica direcionada para a área da saúde, com carácter internacional. As publicações, gratuitas para quem lê e para quem publica, regem-se por um sistema de “open access”.

O JPN falou com um dos principais dinamizadores da iniciativa, João Madureira. O diretor executivo da PBJ é estudante na FMUP e justifica a necessidade de inovar a publicação científica em Portugal, pelo avanço das tecnologias e da Internet: “Deparámo-nos com a situação decadente das publicações científicas em Portugal, cada vez mais afetadas pela pressão do formato ‘online’ e vimos o potencial para criar uma nova publicação que dignificasse as instituições de investigação do país”.

Com vontade de internacionalizar a publicação, o estudante de medicina confessa ao JPN que espera que o “projeto seja abraçado, a curto-médio prazo, por muito mais instituições”. João Madureira acredita que a “ciência e a investigação só têm sentido se forem comunicadas a todos”.

Segundo o seu diretor executivo, a “Porto Biomedical Journal” é uma revista técnica que aceita artigos de revisão e de investigação de qualquer autor de trabalhos científicos interessado em publicar os seus artigos. “O único critério para a publicação é a qualidade, uma vez que não existem barreiras financeiras”, esclarece João Madureira.

Com publicações bimestrais, a PBJ publica, igualmente, artigos ligados à área das Humanidades, como a Ética ligada aos temas da Biomedicina.

Segundo João Madureira, a revista é apenas parte de um projeto desenvolvido pelos estudantes da FMUP. “A ‘Porto Biomedical Journal’ é uma das componentes, contudo, a médio-longo prazo, queremos fazer outros conteúdos destinados à população, de modo a promover a literacia científica do cidadão, para que possa ter um papel mais ativo no seio da comunidade. O objetivo é pôr os próprios cientistas a transmitir o conhecimento para o cidadão”, anuncia o estudante.

Artigo editado por Sara Gerivaz